Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Ministério Público Estadual (MPE), ofereceu denúncia criminal, no último dia 26, contra os quatro acusados de envolvimento na morte do advogado Danillo Sandes Pereira. O crime aconteceu em julho deste ano e foi motivado por desentendimento da vítima com Robson Barbosa da Costa, herdeiro, por conta de honorários advocatícios de serviços prestados em processo de inventário de bens. A Promotoria de Justiça requer que os acusados sejam condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e ocultação de cadáver.

Segundo inquérito policial, Robson Barbosa da Costa, acusado de ser o mandante do assassinato, contratou os serviços de Danillo Sandes para ajuizamento de processo de inventário dos bens deixados por seu pai. No decorrer da prestação dos serviços, o advogado renunciou ao caso porque os herdeiros tinham a intenção de sonegar bens e valores do processo de inventário.

O descontentamento de Robson ocorreu no acerto dos honorários advocatícios. Visando receber o valor devido, Danillo então ingressou com ação judicial em desfavor do acusado e obteve decisão que o obrigou a vender um caminhão para a quitação da dívida.

A partir daí, Robson passa a arquitetar a morte de Danillo com a ajuda de um conhecido da cidade de Marabá (PA), Rony Macedo Alves Paiva. Este comparsa contrata dois pistoleiros, Wanderson Silva da Sousa e João Oliveira Santos Júnior, policiais militares no Pará, para executarem o advogado. Pelo crime, os policiais, denominados na denúncia como grupo de extermínio, receberiam R$ 40 mil.

Sob o pretexto de contratar os serviços de Danillo em outro processo de inventário, os pistoleiros atraíram a vítima e simularam possuir um inventário com valor de R$ 800 mil, além de imóveis e gado na região de Filadélfia. No dia 25 de julho, Danillo marcou encontro com os mesmos e adentrou o veículo para que pudessem se deslocar até Filadélfia.

No percurso, os pistoleiros desferiram dois tiros de arma de fogo na nuca de Danillo e ocultaram seu corpo em um matagal. O corpo só foi localizado quatro dias depois, pelo morador de uma fazenda próxima ao local.

As investigações apontaram Robson com envolvido, após a quebra de sigilo telefônico, vindo este, posteriormente, a fazer acordo de delação premiada com o Ministério Público e contar detalhes do crime.

 

Comentários do Facebook
Artigo anteriorHomem procura a polícia e relata que cometeu crimes bárbaros
Próximo artigoPresa em Araguaína quadrilha especializada em clonar veículos e falsificar documentos