Parte das atividades do III Encontro de Arte e Cultura de Lajeado, a exposição arqueológica, de zoologia e taxidermia e do patrimônio cultural proporcionou ao público conhecer elementos da cultura do município, com o propósito de incentivar a comunidade a resgatar e preservar a história da cidade e de seus antepassados.

Promovida pela Associação de Mulheres Artesãs e Empreendedoras (Amae) de Lajeado, em parceria com o Núcleo Tocantinense de Arqueologia da Universidade Estadual do Tocantins (Nuta-Unitins), a exposição, de acordo com o coordenador Jenilson Nolasco, possibilitou a muitas pessoas que ainda não tiveram contato com um museu, ou nunca viram uma exposição, vivenciar uma experiência nova e motivadora.

Segundo ele, na parte da exposição arqueológica, a proposta foi mostrar que Lajeado possui elementos desta natureza em seu patrimônio cultural. “Como muitas pessoas não conhecem o sítio arqueológico do município, elas puderam ver os objetos, assistir a vídeos dos trabalhos que foram realizados na região e conhecer”, explicou.  Já a exposição de zoologia e taxidermia,  trouxe ao público exemplares de animais do cerrado tocantinense, com o propósito de mostrar a importância dos mesmos para fauna regional e de se  buscar sua preservação, visto que estão em risco de extinção.

Tanto as peças da exposição arqueológica quanto as de zoologia e taxidermia fazem parte do acervo da Unitins. As primeiras, ficam sob a responsabilidade do Nuta, enquanto que a segunda, do Museu de Zoologia e Taxidermia José Hidasi, ambos localizados em Porto Nacional.

Casa de Memória

Mas um dos espaços que mais chamaram a atenção no encontro foi a Casa de Memória. Cedida pela presidente da Amae, Maria das Graças Gomes Monteiro, uma residência foi “montada” reunindo uma série de peças, maquinários e utensílios domésticos utilizados pelos antigos moradores da cidade. Cada peça tem uma história e todo o acervo foi colhido junto a moradores da própria cidade de Lajeado, que emprestaram suas “relíquias” para compor os ambientes da casa.

“Nós montamos aqui uma casa com elementos que são do cotidiano da população, desde o período da fundação do município aos remanescentes que estão hoje. São elementos que estão no cotidiano, inclusive, dos alunos que vêm aqui, para que possam se identificar e perceber que estes elementos são importantes para a identidade, história e cultura deles”, explicou Jenilson Nolasco.

Assim, a exposição proporcionou mais que  conhecimento, resgatando memórias e criando identificação. “Com todo esse acesso a internet e televisão, nós tendemos  a ficarmos presos a elementos que são de fora. Aqui trouxemos coisas importantes, desde os saberes e fazeres, arquitetura, a história do município. Tentamos retratar e mostrar um pouco destes elementos, inclusive com ambientes da família, como uma sala de jantar, um quarto; como era uma cozinha há 100 anos atrás”, destacou o coordenador.

Sobre o encontro

O III Encontro de Arte e Cultura de Lajeado foi realizado entre os dias 23 e 25 de novembro. O evento teve como objetivo promover as manifestações artísticas e culturais, por meio da vivência e disseminação do conhecimento.  A programação contou também com palestras, oficinas, apresentações culturais, shows e gastronomia local.

Realizado pela Amae, o encontro contou com a parceria do Sebrae, da Prefeitura Municipal de Lajeado e da Investco, assim como do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden), do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e do Nucleo Tocantinense de Arqueologia da Unitins (Nuta-Unitins).

Para a superintendente te de Desenvolvimento da Cultura, Noraney de Fátima Fernandes de Castro, o encontro foi fundamental para promover a disseminação do conhecimento. “Este evento serve como referência para outros municípios do Estado, que poderão usá-lo como modelo e incentivo. Nós, enquanto Estado, queremos parabenizar a Amae por esta iniciativa e reforçar o nosso apoio em todos os eixos culturais dos municípios tocantinenses”, disse.

 

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