Foto - Luciano Ribeiro - ATN
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Dona Maria de Fátima tem 52 anos  é mais uma paciente que em breve vai realizar uma cirurgia plástica no Hospital Geral de Palmas (HGP). Tratando de um câncer descoberto no ano de 2010, ela conta que fez quimioterapia na unidade, radioterapia no Hospital Regional de Araguaína e agora volta ao HGP para realizar o procedimento de reconstrução da mama direita, que foi retirada em decorrência do câncer. “No mesmo ano, em 2010, eu tirei o seio e desde então estou sem ele. Fiz a maior parte do tratamento aqui no hospital e agora, espero colocar a prótese, porque sinto que falta algo em mim. Quero também, com isso, levantar a minha auto-estima e creio que vai dar tudo certo”, disse confiante.

A cirurgia de Dona Maria de Fátima será mais uma somada aos 1.579 procedimentos cirúrgicos relativos à plástica realizados de janeiro deste ano até o último dia 30 de outubro. No ano passado, também até o mês de outubro, foram contabilizadas 1.130 cirurgias plásticas, o que significa a realização de 449 cirurgias a mais. “Aqui nós temos uma demanda muito grande, mas também temos uma ótima equipe que está pronta para realizar os procedimentos e ao saber que o número cresceu ficamos muito felizes, pois trabalhamos para isso”, comemora Giovanni Augustus Morais, cirurgião responsável pela oncoplastia.

Levando em consideração os custos com equipe, medicamentos e material utilizado, na rede privada, uma cirurgia reparadora de redução da mama ou uma cirurgia para retirada de pele após a redução de estômago podem custar entre 10 e 15 mil reais. “É fato que o estado investe muito para realizar esses procedimentos, que também são ofertados na rede privada, mas com custo que nem todos podem pagar”, lembrou Giovanni Morais.

Já o também cirurgião plástico, Pedro Eduardo Nader Ferreira, explica que o crescimento no número de procedimentos se deve a três fatores: aumento da demanda – já que a única unidade que está realizando esses tipos de procedimentos é o HGP, com exceção de Paraíso, que realiza apenas alguns tipos de cirurgias-, aumento do volume de procedimentos em moradores da capital e mais médicos compondo a equipe. Atualmente, a equipe do hospital conta com seis cirurgiões plásticos.

“Como só aqui estão sendo feitos esses procedimentos, o número ainda deve crescer mais”, destacou Ferreira, acrescentando que na unidade são realizados procedimentos em decorrência de traumas, que vão desde acidentes domésticos e de trânsito até atendimento a vítimas de queimaduras; cirurgias de retirada de pele, em razão de cirurgias bariátricas, e paciente com sequelas do câncer.

Encaminhamentos

De acordo com o cirurgião Giovanni Morais, o paciente que chega até a equipe do HGP vem, geralmente, encaminhado pelo setor de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que envia pacientes com necessidades de mamoplastias redutoras por seios hipertróficos grau 4 ou gigantomastia (mulheres com seios considerados muito grandes), além de cirurgias necessárias depois de realização gastroplastia (redução do estômago) em decorrência de obesidade mórbida e cirurgias reparadoras.

Além destes, grande parte dos pacientes são oriundos do setor de oncologia do HGP. “São pacientes que tiveram câncer de mama e precisam realizar a reconstrução tardia, aquele procedimento que não é feito na hora da retirada do seio, só depois. Também realizamos procedimentos em pacientes com câncer de pele que necessitam fazer a retirada e a reconstrução), explica.

Confira a diferença no número de cirurgias:

No ano de 2012: Janeiro (100), Fevereiro (70), Março (84), Abril (73), Maio (126), Junho (127), Julho (134), Agosto (137), Setembro (127), Outubro (152). Total: 1.130

Em 2013: Janeiro (189), Fevereiro (135), Março (150), Abril (136), Maio (152), Junho (145), Julho (188), Agosto (178), Setembro (129), Outubro (177). Total: 1.579  (Sara Cardoso)

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