Durante dois dias, representantes sindicais do Poder Judiciário de 15 estados , estiveram reunidos na 3º edição do Conselho de Representantes Sindicais da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados ( Fenajud) discutindo, entre muitas temáticas, as pautas dos trabalhadores no Congresso Federal, CNJ e STF, condutas antissindicais, a data-base nos estados e os informes da coordenação e dos estados.

O evento, iniciado na última sexta-feira, 25, teve abertura realizada pela coordenadora-geral da Fenajud, Sandra Silvestrini, e pelo presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário do Estado do Tocantins (SINSJUSTO), Fabrício Ferreira. Após a abertura oficial, o juíz de direito Milton Lamenha de Siqueira fez uma  análise de conjuntura, em que contextualizou a situação política vivenciada dentro e fora do país a respeito das conquistas sociais. Lamenha falou sobre a importância da atividade sindical para garantir as conquistas e manutenção dos direitos. “A vida sindical é que garante conquistas para o trabalhador, ele sozinho não vai muito longe.”

Retirada de direitos
No cenário atual do funcionalismo público os trabalhadores são alvos de ataques intensos contra as diferentes categorias, como a reforma da Previdência, a PEC paralela, o fim da estabilidade, a reforma tributária, a reforma administrativa e reforma sindical, que visam reduzir direitos e prejudicar a organização de classe.

Entre os ataques e retiradas de direitos está a situação da negação do pagamento da data-base. E esse foi o tema apresentado após a fala do juiz de direito Milton Lamenha. A mesa foi comandada pelo coordenador-geral, Roberto Pereira e pelo o coordenador de formação sindical, Bernardino Fonseca. Neste momento, os sindicatos falaram sobre a data-base em seus estados e foi feito um levantamento de quais unidades tiveram avanço e quais amargam perdas.

Práticas antissindicais

O presidente do SINSJUSTO, Fabrício Ferreira, apresentou aos representantes sindicais dos outros 15 estados a situação que ele vem vivendo aqui no Tocantins, falou da perseguição  contra o sindicato e contra a pessoa dele, enquanto representante da classe. A mesa composta por Fabrício era de responsabilidade do coordenador de Relações Internacionais da Fenajud, Ednaldo Martins, os dois  abordaram  as práticas antissindicais, e liberdade sindical e o direito a greve .

Em sua fala o presidente do SINSJUSTO, transcorreu a difícil situação a qual a entidade vem passando. Fabrício contou  que já protocolizou junto a Organização Internacional do Trabalho (OIT), queixa de práticas antissindicais realizadas pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), durante o movimento dia D de repúdio , realizado contra a decisão da justiça que barrou o pagamento da diferença da conversão da URV na fase de execução da sentença, ocorrido no dia 29 de maio deste ano. Na ocasião, o TJTO confiscou as faixas dos locais de manifestação, chamou força policial para confrontar os manifestantes, instaurou procedimento de inquérito e iniciou uma perseguição aos diretores do sindicato e aos servidores que estavam presentes no movimento.

A greve dos trabalhadores do Judiciário gaúcho também teve visibilidade e apoio social no CR. Marco Velleda falou sobre a ameaça iminente do corte de ponto dos servidores em greve pela Administração do Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul.Ao fim do primeiro dia de evento os trabalhadores representantes sindicais dos estados prestaram solidariedade ao  SINSJSTO e fizeram um vídeo manifesto em apoio.

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