Homens foram mortos dentro de cadeia
Homens foram mortos dentro de cadeia

A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO) se manifestou neste sábado, 28, sobre uma decisão da justiça que condenou o Estado do Tocantins a indenizar os pais de dois ex-detentos, executados a tiros por um grupo armado quando estavam presos provisoriamente na cadeia de Colmeia, os dois eram suspeitos de terem assassinado o Sargento Paulo Pereira da Silva, fato ocorrido no dia 03 de maio de 2016, naquela cidade.

Segundo decisão emitida pelo titular da Comarca de Colmeia, juiz Ricardo Gagliardi, os pais dos suspeitos que foram assassinados dentro da prisão, receberão uma indenização no valor de 160 mil reais e o Estado ainda terá que arcar com 1,8 mil reais pelas despesas funerárias.

A APRA reagiu e lamentou a posição da justiça e ressaltou que nos casos de indenização à militares os processos demora meses para serem concluídos, a associação disse ainda que os policiais que dedicam suas vidas em defesa da sociedade e do Estado estão sujeitos a todo tipo de ataque, e, no entanto, [a justiça] defere ações indenizatórias milionárias em defesa de criminosos.

A entidade lembrou que as indenizações para os militares são pagas pelos próprios companheiros de farda, através do pecúlio, e ainda assim as famílias dos policiais mortos precisam lidar com a morosidade do judiciário para receberem o que têm direito. Vale também questionar, neste caso, se o Sargento Josafá, ferido no mesmo atentado, recebeu algum apoio ou indenização para tratar os ferimentos que lhes deixaram graves sequelas físicas e psicológicas.

De acordo com a APRA a decisão que beneficia a família dos suspeitos é um claro e grave exemplo de inversão de valores sociais, medida pelo amparo aos mal feitores e desassistência aos policiais. Para a APRA, decisões como esta são nocivas à imagem da corporação no imaginário social e ofendem diretamente todos os servidores da segurança pública.

Entenda

Dois policiais militares foram baleados durante uma abordagem em Colmeia, na madrugada de domingo, 3 de abril de 2016. Um deles, o sargento Paulo Pereira da Silva, não resistiu e morreu. Ele foi atingido na cabeça. O tiro partiu de um homem que seria usuário de drogas. Ele usou a própria arma do policial para cometer o crime.

O outro policial, o sargento Josafá Ferreira de Araújo, foi atingido por dois tiros. Um deles ficou alojado no colete. Isso aconteceu enquanto eles trabalhavam em um evento na cidade. Os policiais foram chamados para conter uma briga em um local onde havia usuários de drogas, em uma praça da cidade.

Ao chegar ao local, o sargento Paulo fez a abordagem e algemou um homem que estava envolvido na discussão. Neste momento, os dois policiais foram cercados. Um dos usuários empurrou o sargento Paulo e a arma dele caiu. Momento em que um deles pegou a arma e atirou na cabeça do policial.

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