Imagem de gabarito que circularam nas redes sociais no dia da prova /Foto: Divulgação
Imagem de gabarito que circularam nas redes sociais no dia da prova /Foto: Divulgação

Um inquérito civil foi aberto pelo Ministério Público para investigar uma suspeita de fraude no concurso da Polícia Militar, em Palmas. A investigação é sobre um celular que foi apreendido durante a aplicação das provas na Escola Municipal Darcy Ribeiro. A promotoria já havia informado sobre as investigações em andamento na capital. Porém, só agora divulgou que se trata de um aparelho apreendido.

O concurso da PM foi realizado em março deste ano, mas acabou sendo suspenso um mês depois, após a cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB).

A Polícia Militar informou que o certame continua suspenso por decisão judicial e decisão administrativa do Tribunal de Contas do Estado e aguarda ser notificada sobre a instauração da ICP para os encaminhamentos cabíveis.

O inquérito civil público foi aberto pelo promotor Adriano Cásar Pereira das Neves na semana passada. Porém, só foi publicado no diário do Ministério Público desta segunda-feira (24).

Conforme a investigação, o aparelho localizado na escola Darcy Ribeiro estava dentro de um rolo de papel higiênico em um dos banheiros da unidade.

O caso também está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Polícia de Palmas, que conseguiu a quebra do sigilo telefônico do suspeito detido com o celular e realizou perícia no aparelho. Porém, a investigação ainda não foi concluída.

Araguaína

Na época do concurso, um celular também foi apreendido em Araguaína. Várias fotos de gabaritos também chegaram a circular nas redes sociais. Uma investigação foi aberta pela Delegacia de Investigações Criminais e deu origem a operação Aleteia. Na época, 14 pessoas foram presas em Tocantins, Maranhão e Piauí suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos.

O delegado José Anchieta de Menezes afirmou que todo o concurso pode ter sido prejudicado.

“É um dos riscos da continuidade deste concurso da Polícia Militar do Tocantins. Porque ainda não foi possível se chegar ao dano exato e impedir todos que teriam praticado a fraude. Corre o risco de, caso o concurso continue, pessoas que não foram aprovadas da forma devida entrem na Polícia Militar”, disse o Anchieta.

Depois disso, o Ministério Público emitiu uma recomendação para que o concurso não seja retomado. Naquela ocasião, o promotor Adriano Cesar Pereira das Neves afirmou que investigações também estavam sendo feitas pela polícia em Palmas e Arraias. (G1)

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