José Carlos Soares

José Carlos Soares, mais conhecido como Zé Carlos, filiado no PTB, e que é pré-candidato a prefeito de Aliança, no sul do Tocantins, foi alvo na manhã dessa quarta-feira, 5, de uma operação da Polícia Federal. Os agentes fizeram busca e apreensão na casa e no escritório de Zé Carlos.

De acordo com informações, Zé Carlos, que é empresário, é suspeito de participação do esquema de corrupção que já desviou cerca de R$ 13 milhões dos cofres públicos.

Segundo informações, Zé Carlos já torrou muito dinheiro em aliança no intuito de fomentar a sua pré-candidatura, o que para muitos moradores da cidade é somente com o intuito de se eleger prefeito.

Ainda segundo relatos de moradores, possivelmente o dinheiro gasto na realização das ações, são recursos oriundos de desvio de recursos dos cofres públicos.

A operação da PF busca desarticular um suposto esquema criminoso de fraudes no transporte escolar. Os contratos investigados passam de R$ 13 milhões. A ação foi chamada de Direct.

O esquema

A informação é de que a empresa teria vencido licitações após direcionamento. Segundo as investigações foram encontrados vários depósitos de propinas em contas bancárias que seriam ligadas aos prefeitos, no mesmo período em que ocorreram as contratações.

A ordem de prisão é contra um empresário de Aliança do Tocantins que ainda está sendo procurado pelos agentes. Segundo a PF, durante as investigações foi constatado que a empresa não tinha funcionários, o que indica se tratar de negócio de fachada.

Ao todo estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e nove ordens de busca e apreensão nas cidades de Aliança do Tocantins, Peixe e Cristalândia, além das ordens de afastamento para os dois prefeitos e um servidor que é chefe de licitação em um dos municípios.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. São 42 policiais federais envolvidos nessa operação. O afastamento dos prefeitos é imediato e por tempo indeterminado.

Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. O nome da Operação faz referência à relação “direta” e pessoal existente entre o empresário e os agentes públicos, com a existência de favorecimentos entre as partes.

A situação do transporte escolar em Peixe vem sendo alvo da Justiça e do Ministério Público há alguns anos. O MPE iniciou uma ação civil pública em 2019 após alunos da área urbana e da zona rural ficarem sem os ônibus na volta às aulas.

Também ocorreram várias reclamações sobre a situação do transporte e a falta de vistoria nos ônibus. Além disso, a empresa que administra o serviço teria deixado de realizar pagamento para os motoristas e donos dos carros.

A Agência Tocantins tenta contato com a defesa do empresário e dos demais citados na reportagem, porém, até a publicação dessa reportagem não havíamos contato com a defesa dos mesmos.

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