joel borges
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Em discurso na sessão desta terça-feira, 27, o vereador Joel Borges (PMDB) anunciou a sua saída da liderança do governo de Amastha. Segundo o parlamentar, a decisão foi tomada após muita reflexão. “É uma decisão política, não se trata de momento de crise com o Executivo”, disse ele. No entanto, pessoas próximas ao parlamentar garantem que ele não compactua com a “falta de transparência” com que o prefeito de Palmas Carlos Amastha vem administrando Palmas.

Mais cedo, na mesma sessão, outro aliado, o vereador Jr. Geo disse que não tinha “rabo preso” com ninguém e que, por isso, também iria votar pela instalação da CPI do Lixo, o que pode se tornar um dos maiores escânda-los da administração de Amastha, caso as denúncias apresentadas pelo ex-secretário João Lira sejam confirmadas.

Apesar disso, o vereador Joel Borges disse, disse na tribuna, que a sua saída não esta relacionada a crise política, mas que se fosse isto teria tomado decisão contrária. Joel Borges disse que também não vê crise do parlamento com o executivo, mas que em votações podem haver opiniões diferentes, culminado em votações independentes como ocorreu na sessão extraordinária.

De acordo com o parlamentar, ele deixa a liderança, mas não a base e que sai de consciência tranquila, uma vez que procurou agir com equilíbrio e transparência e resultado disto foram as aprovações do executivo.

Ele também disse que com a sua saída será possível colocar em pratica os seus projetos políticos, ampliando a sua atuação parlamentar. “Desejo ser mais vereador e colocar em pratica os projetos que idealizei”.

Joel Borges finalizou o discurso pedindo ao Executivo que olhe com mais cuidado para o líder do governo e que procure informá-lo de todas as ações e projetos, e o tenha como amigo incondicional.

Confira a íntegra do discurso:

Senti-me honrado com o convite para ser o líder do prefeito na Câmara, aceitei sabendo que teria um trabalho árduo pela frente, diante de um governo técnico (o que é bom para a sociedade mais dificulta no relacionamento político).

Dediquei-me sete meses a liderança, procurando agir com equilíbrio e transparência e o resultado está ai, todos os projetos do executivo até a sessão extraordinária e sem remuneração no período de recesso foram aprovados em tempo recorde.

Após o recesso, já havia conversado com a gestão e informado de que minha dedicação total a liderança estava me trazendo prejuízo político, e que deveríamos repactuar algumas coisas procurando desta forma ter mais tempo para a minha atuação parlamentar.

Na última quinta-feira 22, durante sessão solene, pela manhã, recebi uma ligação de vida ou morte de pessoa muito próxima e minha opção foi pela vida, não pude participar da sessão extraordinária que culminou com a não aprovação de um dos projetos do executivo.

Acredito que um dos motivos que levou ao convite para a liderança foi além do perfil, o fato de pertencer ao PMDB, maior bancada da Câmara e, portanto, o fato de meus colegas de partido não votarem com o prefeito me deixou em uma situação desconfortável.

Evidente que a liberdade do voto e indiscutível, e tenho um profundo respeito aos meus colegas, por isto longe de mim exigir voto cativo apenas por ser líder do governo, uma vez que aposto na liberdade e ela tem que ser preservada.

Diante de tudo isto, logo na sexta feira, e após muita reflexão procurei a gestão e entreguei a liderança de governo.

Agradeço a todos os parlamentares, e profundamente a todos os colegas que muitas vezes atenderam ao meu pedido. Dedico a vocês os sete meses de vitoria e harmonia da gestão.

Estou a disposição do novo líder, peço a gestão e a presidência que olhe com mais cuidado esta função, procure informá-lo de todas as ações e projetos, e o tenha como amigo incondicional.

 

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