Ex-jogador profissional do Araguaína, Hilasmar Fernandes Lima, 32 anos, foi uma das vítimas do acidente na BR-153
Ex-jogador profissional do Araguaína, Hilasmar Fernandes Lima, 32 anos, foi uma das vítimas do acidente na BR-153

A família de um ex-jogador profissional do Araguaína morreu carbonizada em um acidente na BR-153 na noite deste domingo (13). Hilasmar Fernandes Lima, de 32 anos, conhecido como Lisboa, estava em um dos quatro caminhões que foram incendiados após uma batida, no Km 649 da BR-153, entre as cidades de Gurupi e Aliança do Tocantins, região sul do Tocantins. A batida envolveu também um carro de passeio. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro pessoas morreram e quatro ficaram feridas.

Mãe e filha estavam no caminhão com o ex-jogador e também morreram, na BR-153
Mãe e filha estavam no caminhão com o ex-jogador
e também morreram, na BR-153

Junto com o ex-jogador viajavam também a mulher dele, Lidilene Maria de Brito, de 27 anos, a filha Maria Fernanda Fernandes, de 6 meses, e a enteada Maria Eduarda Brito, de 6 anos. A polícia confirmou a morte do casal e da bebê. O nome da quarta vítima não foi confirmado, mas segundo informações extraoficiais, o corpo, que ficou irreconhecível, pode ser de Maria Eduarda. Parentes, que moram em Araguaína, se deslocaram até Gurupi para fazer o reconhecimento dos corpos.

A irmã de Lidilene, Jucicleia Brito, contou que ficou sabendo do acidente pelos meios de comunicação. “Eu estava assistindo o jornal pela manhã e eu até fiquei assustada com a cena, muito fogo. Aí eu pensei ‘Senhor tem misericórdia destes familiares que estão perdendo estas pessoas’. Mas eu nunca pensei que fossem meus parentes, minha irmã, eu estava pedindo conforto para mim mesma”, lamentou ela.

Lisboa jogou no time profissional de Araguaína entre 1994 e 2010. Ele trabalhava como caminhoneiro para uma transportadora, em Araguaína. O ex-jogador iria levar uma carga até Goiânia. A família iria aproveitar as férias das crianças para também conhecer a cidade. O proprietário da transportadora não quis se manifestar e informou que a empresa só vai se pronunciar após o laudo final do IML.

A família ainda está em choque. “É difcil, não dá para acreditar. Quatro perdas ao mesmo tempo. A cena que eu vi nunca vai sair da minha cabeça, aquele incêndio horrível, aquela situação. Imagino como foi, aquele desespero, ela protegendo a filha. Foi dito que ela protegeu a filha a ponto de morrer grudada nela”, completou Jucicleia.

Entenda

O acidente, que envolveu quatro caminhões e um carro de passeio, deixou quatro pessoas mortas e quatro feridas. Segundo a PRF, o acidente aconteceu por volta da meia-noite depois que o motorista de um caminhão-cegonha perdeu o controle da direção, invadiu a pista contrária e se chocou contra outro caminhão. Outros veículos que estavam atrás também foram atingidos. Com a força da colisão, os veículos pegaram fogo o que causou um incêndio que se alastrou na rodovia.

Conforme a PRF, os quatro feridos foram levados para o Hospital Regional de Gurupi (HRG), sendo que alguns com queimaduras graves. De acordo com a assessoria de comunicação da unidade, Maria Eldina Rodrigues, de 46 anos, que estava no carro de passeio e o motorista de um dos caminhões, Osmi Miler, estão em observação no Pronto Socorro. Ambos foram submetidos a exames, medicados, mas não tiveram nenhuma fratura.

Os motoristas dos outros dois caminhões, Gilmar Santos, de 51 anos, e Juracy José, 59 anos, estão recebendo os cuidados na Unidade de Terapia Intensiva. Gilmar teve uma fratura no fêmur, foi submetido à cirurgia e passa bem. Juracy teve queimaduras de 1º e 2º graus e também passa bem, respirando sem ajuda de aparelhos, segundo informações do hospital.

A PRF informou que o trecho, onde aconteceu o acidente, foi liberado no início da tarde desta segunda-feira (14). (G1 Tocantins)

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