A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO) fez parte da caravana tocantinense composta por 52 sindicalistas que participou nesta quarta-feira, 24, da grande manifestação realizada em Brasília contra as Reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer. O ato também pedia a saída de Temer da presidência.

A caravana desembarcou na Capital Federal por volta das 8h da manhã e se juntou a centenas de outras delegações vindas de todos os estados do país. A concentração foi em frente ao Estádio Mané Garrincha, local onde as lideranças sindicais repassaram as orientações da manifestação aos participantes.

O presidente do SISEPE-TO e da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST,) Cleiton Pinheiro foi convidado a subir no trio elétrico da NCST Nacional para fazer um pronunciamento aos manifestantes.

Em seu discurso Cleiton destacou que é inadmissível aceitar um governo corrupto que tem trabalhado para destruir os direitos dos trabalhadores e servidores públicos. “Nós viemos aqui à Brasília para protestar e levar aos parlamentares nossa indignação com o governo corrupto de Michel Temer e seu pacote de maldades contra os trabalhadores”, declarou Pinheiro.

Em seguida, as centrais sindicais conduziram o protesto pelas avenidas de Brasília em direção ao Palácio do Planalto e Congresso Nacional. De acordo com a organização, a manifestação levou às ruas mais de 200 mil pessoas de centenas de sindicatos, centrais e associações.

A diretoria do SISEPE-TO percorreu os sete quilômetros do trajeto segurando uma faixa que dizia “Parlamentares tocantinenses, votem não à PEC da Morte. Respeitem o recado das ruas!”.

“É exatamente esta a mensagem que queremos passar a nossos deputados federais e senadores no congresso, se eles votarem a favor da Reforma da Previdência, nós é que vamos trabalhar para que eles não sejam mais eleitos. Daqui mesmo das ruas estamos mandando fotos com nossa mensagem para cada um dos parlamentares tocantinenses”, disse Cleiton Pinheiro.

Confusão

A passeata seguiu pacífica até o gramado do Palácio do Planalto onde um grupo de manifestantes que não pertencia a nenhuma central sindical entrou em confronto com a polícia. Bombas de efeito moral e balas de borracha foram utilizadas para dispersar os vândalos, que chegaram a depredar a Catedral de Brasília e a atear fogo em um ministério. O Exército também foi chamado para evitar que a confusão tomasse proporções ainda maiores.

“Com relação a nossa caravana não houve nenhum problema. A nossa central tem uma postura de atuação com responsabilidade. Viemos para reivindicar garantia de direitos. Nosso manifesto é pacífico, nossa central tem controle sobre isso. Mas existem grupos infiltrados para trazer baderneiros e criar situações como esta para desqualificar o movimento”, explica Cleiton.

Mesmo com o imprevisto os sindicalistas avaliaram a manifestação como positiva e serviu para mostrar ao presidente Temer que não há mais clima para que ele continue no governo, assim como existe a total inviabilidade de que as reformas continuem em pauta do congresso. “Se os parlamentares não recuarem nós vamos voltar às ruas”, avaliou o presidente.

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