Cursos com salas provisórias, deficiências nos laboratórios, falta de transporte e apoio à assistência estudantil foram apontados como demandas prioritárias do campus da UFT em Tocantinópolis. Durante todo o dia nesta terça-feira, 30, os professores Adão Francisco e Marluce Zacariotti da Chapa “UFT Forte: Diálogo e Ação” cumpriram ampla agenda no campus e reforçaram o compromisso com as soluções imediatas.

“Tocantinópolis é um campus importante e tem suas especificidades que precisam ser atendidas. A reitoria precisa ouvir e principalmente agir. Propomos a autonomia e articulação junto a todas as forças competentes para solucionarmos os impasses”, garantiu o professor Adão. A implantação de uma reitoria itinerante, sugerida por alunos, foi incorporada ao plano de gestão da Chapa.

Os professores apresentaram as demandas á Chapa. ” Temos uma demanda reprimida muito grande.Um problema sério que é a questão do transporte. Chegamos ao absurdo de pagar combustível porque não tinha dinheiro. Outra questão é  a representação do campus junto à reitoria que deixa a desejar”, expôs o professor João Batista.

O campus tem uma rotatividade de 40% de docentes e aguarda implantação do curso de Direito, já aprovado.

A docente Judite da Rocha elogiou o perfil de gestor do professor Adão e relatou as ações e atenção dele com a diversidade e vários públicos quando esteve à frente da Secretaria Estadual da Educação- Seduc. “Foram experiências exitosas, descentralizadas que podem ser  inclusive implantadas á nível de Universidade. Confio na sua capacidade de gestão junto com a professora Marluce”, disse.

“Nosso compromisso não é só por causa de candidatura, tem a ver com a nossa trajetória de trabalho e dedicação à UFT que envolve os processos de inclusão e  junto aos vários grupos sociais inseridos na Universidade . É hora de agir com soluções para isso propomos o plano emergencial para os campus que estão com necessidades mais urgentes e inclusive  a formação de uma comissão para tratar exclusivamente disso”, disse a professora Marluce.

Acadêmicos

Pela manhã e á noite a Chapa teve um momento de construção com os alunos. Emocionada, Luciana Nunes  do curso de Educação do Campo desabafou: “O curso tem um público vulnerável, faltam salas adequadas e temos que disputar espaço aqui. Precisamos de melhores condições para estudar”, disse ao pedir também cursos de mestrado para a instituição. Segundo ela, há meses não tem apoio estudantil nenhum nem  para pesquisa e extensão. “Queremos ser tratados como alunos de verdade’, pediu.

Edvam Apinaje, aluno que mora numa aldeia a 20 km do campus, relatou a necessidade de um espaço específico para os indígenas e pediu uma política de auxílio e transporte.  “A bolsa é insuficiente, fica pesado para a gente”, argumentou.

A chapa promoveu ainda um debate qualificado sobre a criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins- UFNT. Dentre as proposições da chapa estão ainda a implantação de um Centro de Educação Infantil para apoio e cuidado com os filhos dos alunos e professores e estágio dos estudantes.

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