Celebrando 20 anos sem aftosa, o governador do Estado, Marcelo Miranda, abriu oficialmente a primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, na manhã deste sábado, 6, na Fazenda Gameleira, município de Paranã, região sudeste do Tocantins. O evento contou com a participação de políticos, servidores e da comunidade em geral. Nesta etapa, a meta é vacinar 8,6 milhões de bovinos e bubalinos, independente da faixa etária, entre os dias 1º e 31 de maio.

Após a vacinação simbólica, o governador falou do potencial produtivo do Estado, dos altos índices vacinais e do desafio da retirada da vacinação antiaftosa. “O Tocantins tem o privilégio de mostrar suas conquistas, através de uma equipe comprometida. Nosso Estado tem capacidade de abastecer o mundo, estamos nos preparando para isso. Agora, o grande desafio é a retirada da vacinação até 2021, tenho certeza que conseguiremos, mas até lá, temos que fazer nosso dever de casa”, enfatizou Marcelo Miranda, encerrando o discurso fazendo um convite a Agrotins.

O presidente da Adapec, Humberto Camelo, falou das conquistas do Tocantins nos últimos anos, que fez do Estado referência nacional em sanidade agropecuária. Destacou ainda, o grande passo que já começa a ser dado para a retirada gradual da vacinação até 2021, além de enfatizar a importância das grandes parcerias para o sucesso do agronegócio tocantinense. “Hoje é um dia de celebração, toda a cadeia produtiva está de parabéns. Cumprimos com maestria nosso trabalho que começa no campo e chega até a mesa do consumidor”, disse.

De acordo com o superintendente federal da Agricultura, Rodrigo Guerra, o Tocantins tem realizado um trabalho dedicado com produtores rurais e indústrias. “20 anos se passaram rápido, é prova que o trabalho foi bem feito e que tudo que fizemos está dando certo. Nossa carne é reconhecida, com grande representatividade, pois o boi ainda é criado a pasto”, destacou acrescentando que, se todos trabalharem bem, nos próximos anos o Brasil estará retirando a vacinação e podendo exportar carne para o mundo inteiro.

Em 2016, o Tocantins exportou 33,1 mil toneladas de carnes e miúdos. Entre os maiores compradores estão: Rússia, Hong Kong, Egito, Emirados Árabes e o Chile. “O Estado se coloca de uma maneira proeminente à exportação de carne de boa qualidade para diversos países, e dentro em breve, estaremos livre sem vacinação, que resultará na conquista de países mais exigentes”, destacou o secretário da agricultura e pecuária, Clemente Barros.

O município de Paranã conta com mais de 132 mil animais, pertencentes a mais de 1.800 produtores rurais. “Reconhecemos o trabalho sério da Agência. Estamos felizes em receber esse evento no município, que tem um rebanho considerável. Isto estimula e incentiva nossos pequenos, médios e grandes produtores rurais a vacinarem o rebanho”, disse o prefeito de Paranã, Fabrício Viana.

A Fazenda Gameleira tem atividade exclusivamente pecuária, com cerca de três mil animais, em cria, recria e engorda. Além disso, desenvolve muitas tecnologias, a exemplo da inseminação em tempo fixo e fecundação in vitro. “A vacinação é primordial para a sanidade do rebanho, e o Tocantins levou isso muito a sério, com um grande trabalho ao longo dos anos. O evento foi muito importante para difundir e divulgar os cuidados com a doença” pontuou o proprietário da Fazenda, Reny Piva.

Participaram também do evento, a primeira-dama e deputada federal, Dulce Miranda, o presidente da Agência de Fomento do Estado do Tocantins (Fomento), Freire Júnior e demais políticos.

Campanha

Após vacinar o rebanho, o produtor rural deve declarar a vacinação até 10 dias após a compra da vacina, nas unidades da Agência, presentes nos 139 municípios do Estado. É necessário estar munido da nota fiscal da vacina, com a Carta-Aviso devidamente preenchida, com os dados dos rebanhos existentes na propriedade rural.

A multa para quem deixar de vacinar é R$ 5,32 por animal e R$ 127,69 por propriedade não declarada. Além disso, ter a ficha cadastral bloqueada e ser impedindo de transitar os animais.

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