A Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Glória de Ivone (Cedeca) e da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), realizam nessa terça-feira, 19, no auditório da Unitins, das 8h30 às 12h e das 14h às 18h, um seminário com o tema “Direitos Sexuais de Crianças e Adolescentes na Perspectiva dos Direitos Humanos”.

Os organizadores contam com um mapeamento realizado pelo Observatório dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e pelo Cedeca, que mostra a situação de 36 municípios do Tocantins impactados direto e indiretamente por grandes obras de infraestrutura.

Os organizadores explicam que o evento acontece na semana do dia 18 de maio, que é o Dia Nacional de Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, e o debate faz-se necessário devido os altos índices de violência sexual contra crianças e adolescente no estado do Tocantins, conforme mostram estudos.

O estudo foi realizado no âmbito dos conselhos tutelares e mostra que o maior problema enfrentado pelos municípios do Tocantins, é o alto índice de gravidez na adolescência, trabalho infantil e abuso sexual contra crianças e adolescentes.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, foram registrados no período que compreende os meses janeiro a outubro de 2014, 329 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, sendo 307 de estupros e 22 tentativas de estupros em todo o estado do Tocantins.

“Diante deste cenário de graves violações de direitos, a universidade não pode ficar apática e distante dos problemas que impactam diretamente a vida de centenas de meninos, meninas e suas famílias. O seminário tem o intuito de envolver a comunidade acadêmica, a sociedade em geral e sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente para discutir os direitos sexuais sobre a ótica do atendimento”, esclarece a pró-reitora de Extensão, Simone Pereira Brito.

Palestrantes

Maria Lúcia Pinto Leal, da Universidade de Brasília (UnB), Monique Soares, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Mariana Borges e Mônica Brito, ambas do Cedeca.

Comentários do Facebook
Artigo anteriorPolícia desvenda homicídio e prende autores do crime em menos de 24 horas
Próximo artigoCaso Igeprev: Sindicância mostra responsáveis pela aplicação de recursos do fundo previdenciário