Audiência Pública
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Durante audiência pública da saúde nesta terça-feira, 05, na AL, o presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, cobrou do Governo mais diálogo no intuito de colaborar no processo de decisões das ações administrativas no âmbito da saúde.

O que Manoel Miranda pontuou foi à importância e a necessidade do diálogo entre governo e entidades, representantes dos profissionais da saúde, que é quem sabe informar exatamente os problemas existentes na estrutura administrativa estadual da rede hospitalar.

Esta cobrança do Sintras tem o objetivo de auxiliar o governo na definição de ações a serem executadas para melhorar tanto as condições de trabalho, quanto a valorização dos profissionais e o atendimento dispensado por eles nas unidades hospitalares.

A realização da audiência foi muito importante, pois nós como representante dos profissionais da saúde tivemos a oportunidade de evocar nossas reivindicações e ouvir o que os gestores do Estado pensam da execução de suas ações, assim como as determinações das pastas envolvidas para resolver os problemas de saúde nas unidades hospitalares”, ressaltou Manoel Miranda.

Uma das formas de colaboração no processo é a abertura da Mesa de Negociação do SUS onde vários assuntos podem ser discutidos na mesa com a participação das entidades classistas.

O retorno da mesa de negociação do SUS é uma reivindicação do Sintras cobrada via ofício e em reuniões com os gestores da secretaria da saúde e secretaria da administração.

Sesau

Na ocasião o Secretário de Estado da Saúde, Samuel Bonilha, fez uma radiografia da saúde do Estado destacando gastos com folha de pessoal, plantões extras, indenizações e terceirização de serviços de saúde.

Outro ponto destacado pelo gestor foi à construção do hospital Geral de Palmas, informando que o Estado ainda levará cerca de um ano para concluir as obras e tirar de vez a tenda armada para atender a demanda do HGP.

Má gestão

Segundo o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, Fernando Antônio Alves de Oliveira Júnior, disse durante a audiência, que os problemas da saúde não podem ser relacionados com a falta de recursos, e sim falta de gestão.

Não é falta de recursos, pois o Tocantins é um dos estados que mais gasta com saúde no Brasil, isso tudo é má gestão do recurso. Se gasta muito, mas se gasta mal”, destacou o procurador.

Já a juíza federal, Denise Drumond, que também é vice-presidente do Comitê Executivo para Monitoramento das Ações da Saúde – Cemas – usou a tribuna também para destacar a falta de gestão na saúde no Estado do Tocantins.

Para demonstrar essa falta de gestão ela faz um questionamento. Porque o Estado tem que sofrer uma multa de 5 milhões para fornecer medicamento em estoque?

“Administrar a saúde é uma questão de lógica administrativa. O Tocantins reúne todas as condições para ser modelo na prestação de serviços na saúde, temos profissionais, temos recursos. Nós só não faremos se não quisermos”, expressou a Drumond.

Propostas

Na ocasião foram apresentadas algumas propostas como a criação de uma comissão permanente para discutir os problemas e demandas da saúde, sugerida pelo deputado estadual Paulo Mourão (PT).

Outra proposta foi levantada pelo deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) que solicitou ao secretário Bonilha a apresentação de um planejamento de ações a serem executadas na área nos próximos quatro anos.

“Peço que seja dada atenção ao caso dos hospitais que tiveram obras iniciadas e paralisadas, problema que necessita de esforços para ser sanado. Quando a gestão quer acontece”, disse Olyntho.

A realização desta audiência, presidida pela deputada Valderez Castelo Branco, teve como mentor o deputado Paulo Mourão, líder do governo, com o objetivo de discutir e buscar soluções resolutivas para os problemas da saúde no Estado do Tocantins.

Além do presidente do Sintras, também participou o diretor da entidade Domingos Rodrigues da Silva.

 

 

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