Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira, 14, mostra que o percentual de domicílios no Tocantins com internet passou de 61,9% para 74,6%, em quatro anos (de 2016 para 2019), um crescimento de 12,7 pontos percentuais. O equipamento mais usado para navegar na rede, segundo o levantamento, é o celular e a proporção de pessoas que possuem o aparelho aumentou de 74,4% para 78,2%, no período. Por outro lado, houve queda no índice de domicílios com telefone fixo: de 13,2% para 10,2%.

Esses são alguns dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad TIC). O estudo, realizado no quarto trimestre de 2019, apresenta informações sobre o acesso à internet e à televisão nos domicílios particulares brasileiros, bem como, a posse de telefone móvel celular pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade.

Apesar do aumento no acesso à internet nos domicílios tocantinenses, 25,4% ainda não estavam conectados à rede, em 2019. Os três motivos que mais se destacaram para justificar a ausência foram: falta de interesse em acessar (33,6%), nenhum morador sabia usar a internet (22,9%) e serviço de acesso era caro (20,7%). Em outras 15,9% das residências os moradores disseram que não havia disponibilidade de rede na área do domicílio e em 4,8% a justificativa foi o alto custo do equipamento eletrônico para conexão.

De acordo com os resultados da pesquisa, fica perceptível que a renda das famílias impacta também no acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação. O rendimento médio per capita, por exemplo, daqueles domicílios em que havia utilização da internet (R$ 1.146) era quase o dobro do rendimento dos que não utilizavam a rede (R$ 620). Por sua vez, a renda per capita nos lares com acesso à televisão por assinatura chegava à média de R$ 2.105, bem mais que o dobro dos que não possuíam o serviço (R$ 862).

Meios de acesso

Dentre os equipamentos utilizados para navegar na internet, o celular se manteve na vanguarda em 2019, já próximo de alcançar a totalidade (99,8%) dos domicílios com acesso à rede no Tocantins, seguindo a tendência nacional. Em 2016, este percentual era de 98,2%.

O microcomputador foi o segundo equipamento mais usado para conectar à rede: em 31,6% dos domicílios, tendo, inclusive, reduzido esse percentual em comparação a 2016, que era de 42%. Já o uso dos tablets diminuiu de 10,1% para 7%, no período.

Por outro lado, o percentual de domicílios que acessavam a internet pela televisão aumentou significativamente, de 6,0% em 2016 para 15,2% em 2019. Embora ainda seja um percentual baixo de domicílios investindo nesse recurso, esse acelerado movimento de crescimento ocorreu em todas as regiões do país.

Telefone e TV

Em 2019, não havia telefone fixo ou móvel em 4,1% dos lares tocantinenses. Esse resultado apresentou queda comparado a 2016, pois o percentual de residências sem nenhum tipo de aparelho telefônico naquele ano era de 5,8%, ou seja, alguns domicílios adquiriram os equipamentos.

Já em relação à televisão, a pesquisa revela queda anual no percentual de domicílios com o aparelho: em 2016 (94,4%), em 2017 (93%), em 2018 (92,6%) e em 2019 (91,6%). O processo de implantação do sinal digital para acesso aos canais de televisão aberta em substituição ao analógico, transmitido por antenas terrestres, ainda estava em andamento em 2019. A PNAD TIC mostra que naquele ano, 75,3% dos domicílios tinham conversor (integrado ou adaptado na TV) para receber o sinal digital. Em 2016, eles contabilizavam apenas 55,8%.

A antena parabólica é um recurso para captar, via satélite, sinal de televisão em áreas que não são plenamente atendidas por meio de antenas terrestres, o que ocorre com mais frequência longe dos grandes centros. E o Tocantins registrou o maior percentual, entre todas as Unidades da Federação, de domicílios com televisão com recepção de sinal por antena parabólica (63,8%). O menor índice encontrado foi no Distrito Federal (1,7%).

Diferente do cenário nacional, o percentual de domicílios no Tocantins com TV por assinatura cresceu, passando de 13,9% em 2016, para 15% em 2019. Entre os motivos informados para não adquirir o serviço, 48,9% não tinham interesse e 42,9% consideravam-no caro.

Posse de celular

O percentual de pessoas que possuíam telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade subiu de 74,4%, em 2016, para 78,2%, em 2019. A proporção de tocantinenses que utilizavam o aparelho era maior entre aqueles com nível de instrução mais elevado, abrangendo apenas 62,3% das pessoas sem instrução e com fundamental incompleto e 97,7% das que tinham superior completo.

Entre os motivos alegados pelos entrevistados para não terem celular de uso pessoal, quatro se destacaram: alto custo do aparelho ou serviço (34,4%), falta de interesse (21,5%), costume de usar celular de outra pessoa (18,5%)  e não sabiam usar (18,3%).

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