O Hospital Geral de Palmas (HGP) realizou, pela primeira vez, um procedimento utilizando o aspirador ultrassônico para a remoção de um tumor cerebral – o equipamento permite extrair a neoplasia com menor lesão e impacto nos vasos cerebrais. A cirurgia ocorreu na segunda-feira, 1º de abril, em um paciente de 71 anos e foi conduzida pelo neurocirurgião com especialidade em neuro-oncologia do Hospital Sírio Libanês, Vinícius Bessa Rodrigues, junto com a equipe multiprofissional do HGP.

O Hospital Geral de Palmas (HGP) possui o maior centro cirúrgico do Estado, sendo a principal unidade hospitalar na realização de cirurgias intracranianas, que são efetuadas para a remoção de tumores no cérebro. Somente em 2018, foram executadas 389 neurocirurgias.

Devido ao procedimento cirúrgico ser considerado de alta complexidade, o HGP investiu na locação, pelos próximos seis meses, no valor total de R$ 576 mil, de dois equipamentos de ponta na tecnologia da medicina: um neuronavegador e um aspirador ultrassônico. O primeiro é considerado um GPS, pois auxilia o neurocirurgião como um guia, por meio de imagens, com o objetivo de tornar a cirurgia menos invasiva e aumentar a precisão na extração dos tecidos lesionados sem prejudicar as áreas saudáveis.

O neurocirurgião Vinícius Bessa Rodrigues, há quatro anos no HGP, explica que a ferramenta tem o formato de uma caneta e sua ponta emite uma onda ultrassônica para quebrar os tumores em microfragmentos. “Em um tumor muito duro e com uma manipulação difícil, a ferramenta permite que façamos os movimentos de forma mais delicada, preservando o cérebro que não está com a lesão do tumor. Uma outra vantagem é que o aparelho não lesiona os vasos cerebrais, não causando hemorragia”, informa Vinícius Bessa. Além das neoplasias na cabeça, o neurocirurgião reforça que o aspirador ultrassônico pode ser utilizado também para os tumores na coluna.

Atualmente, o HGP conta com 10 neurocirurgiões. Segundo Vinícius Bessa, todos com capacidade e conhecimento para utilizar esses equipamentos. Em Palmas, somente alguns hospitais particulares possuem essa tecnologia. “Estamos em um cenário favorável no HGP, com um entendimento geral das nossas necessidades para operar com segurança e em maior quantidade. Hoje, conseguimos leito de UTI para o paciente eletivo, as pessoas com urgência são operadas no mesmo dia”, relata.

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