Foi um sucesso o primeiro procedimento de alta complexidade para implante de marcapasso em bebê no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. A menina de 26 dias, Ayla Vitória Silva da Conceição nasceu com bloqueio atrioventricular congênito, ou seja, com frequência cardíaca de 40 bpm, bem abaixo do que é considerado normal: de 110 a 120 bpm. De agora em diante, a menina vai poder crescer, correr, brincar e passear como qualquer outra criança. A cirurgia aconteceu na manhã desta quarta-feira, 19, em Palmas.

Com a realização do procedimento também chegou ao fim o sofrimento e a apreensão da mãe da bebê, Érica Silva da Conceição, 26 de anos. “O meu Deus é forte”, disse emocionada. Ela conta que veio de Araguaína, Norte do Estado, e que foi lá que ela descobriu, durante a gravidez, que os batimentos cardíacos da criança não estavam normais. “Viemos para Palmas depois que conseguimos uma vaga na UTI, para ela pudesse nascer amparada. Fomos muito bem tratadas e ontem tive a notícia de que a cirurgia ocorreria hoje. Fiquei muito feliz e só tenho a agradecer a todos os profissionais envolvidos”, disse Érica, que já é mãe de outras duas crianças, uma de 4 e outro de 8 anos.

A mãe também faz questão de destacar que não teve apoio somente na maternidade, mas que também foi amparada pela Casa de Apoio Dona Regina. “Lá estou hospedada todos esses dias. Almoço, janto e lancho. Não gastei com nada. Sou muito grata a todos”, disse, com sorriso no rosto. Érica ainda destacou que que está ansiosa para pegar sua pequena no colo e voltar para Araguaína. “Agora vamos esperar a alta para poder retornar para a nossa casa. Em Palmas ficarão apenas as boas lembranças”, frisou.

Conforme o médico arritmologista e responsável técnico pelo serviço de Estimulação Cardíaca Artificial, Carlos Novo, caso não fosse possível realizar o procedimento, a menina não conseguiria sobreviver fora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “A realização desse tipo de cirurgia aqui na maternidade foi um grande avanço para todo o Estado, visto que esse procedimento só é realizado na Capital”, frisou.

Segundo o médico, as cirurgias cardíacas eram realizadas anteriormente no Hospital Geral de Palmas (HGP). “Já foram realizados oito procedimentos como esse, porém eles só aconteciam no HGP e agora foi expandido. Trazer a realização desse tipo de cirurgia para a maternidade só foi possível por conta da alta capacidade técnica dos profissionais e todo o apoio logístico”, frisou, acrescentando que, após a cirurgia, a criança deverá ter uma vida normal e que apenas deverá ser acompanhada a cada seis meses.

A equipe multiprofissional que realizou a cirurgia é composta por um cirurgião cardíaco, dois arritmologistas e uma enfermeira.

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