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A Polícia Civil do Tocantins, por meio da equipe da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado de Paraíso (Deic), concluiu no fim desta quinta-feira, 2, o inquérito policial que investigava a morte de um homem de 46 anos ocorrida em 30 de dezembro de 2023 na cidade de Paraíso.

De acordo com as investigações, a vítima foi esfaqueada pelas costas após uma discussão com sua companheira, uma mulher de 44 anos. O homem, ferido, buscou socorro entre vizinhos, mas devido à gravidade dos ferimentos, não resistiu e acabou morrendo.

Os delegados responsáveis pelo caso, Antônio Onofre de Oliveira Filho e José Lucas Melo, revelaram que esse teria sido o terceiro atentado sofrido pela vítima, todos relacionados a ciúmes por parte da mulher.

“Nas duas ocasiões anteriores, a autora, também motivada por ciúmes, havia esfaqueado o homem, que se recuperou, a família dele tentou procurar a delegacia mas foi impedida pelo mesmo. Nas duas situações, a vítima foi influenciada pela dependência emocional que tinha da autora e acabou reatando o relacionamento. Neste último episódio, infelizmente ele veio a óbito. As testemunhas ouvidas  deixaram claro que a autora tem temperamento agressivo e quando ingere bebida alcoólica, fica ainda mais agressiva. O fato de sempre atacar a vítima pelas costas também demonstrou uma frieza por parte da mulher”, disse o delegado Antônio Onofre.

No dia do fato, após o crime, a autora fugiu tomando rumo ignorado. As autoridades policiais emitiram um pedido de prisão temporária que foi acatado pelo Poder Judiciário. O mandado foi cumprido no último dia 16 de janeiro, quando a mulher compareceu à delegacia acompanhada por advogados.

Com a conclusão do inquérito e o indiciamento por homicídio qualificado, um novo pedido foi feito para que a prisão temporária fosse convertida em preventiva, o qual foi igualmente acatado pela justiça.

O delegado José Lucas esclareceu também que a versão da autora, que alegou ter sofrido violência por parte da vítima, foi refutada durante a investigação. “Durante o inquérito a versão da mulher de que sofria violência, por parte da vítima, ficou demonstrada como inexistente, sendo que todo o contexto aponta justamente para o contrário, que resultou no último crime”, informou o delegado José Lucas.

A mulher encontra-se detida em Palmas à disposição do Judiciário, o caso segue agora para o Ministério Público.

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