(Foto: ONG Cão Sem Fome/Divulgação)

A 24ª Promotoria de Justiça da Capital ingressou na Justiça, sexta-feira, 24, com uma Ação Civil Pública (ACP) para obrigar o município a providenciar a imediata disponibilização de local para abrigar animais que estão morando em imóveis das organizações não governamentais (ONGs) ‘Auquemia’ e ‘Patinhas de Palmas’. O Ministério Público Estadual quer que a Prefeitura de Palmas deve providenciar local próprio, ou privado, para abrigar os animais, sob pagamento de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

INTERDITOU IMÓVEL

Segundo o MPE, a situação foi agravada depois que o próprio município, em setembro do ano passado, interditou um imóvel que abrigava 80 gatos. A casa havia sido alugada por representantes das ONGs, com objetivo de abrigar os felinos. Segundo a prefeitura, o local não poderia funcionar como gatil.

NÃO VAI RECOLHER

Procurado pelas ONGs, a Promotoria solicitou informações à prefeitura, que afirmou que “os referidos animais não representavam risco para a saúde pública e que não competia à administração recolher os mesmos”. “Em essência, o Município de Palmas, embora não explicitamente, deixou patente que não efetuará o recolhimento dos animais encontrados no local que interditou, deixando à própria sorte a coletividade e os felinos em questão”, diz a ação.

PREFEITURA NÃO ATUA PARA CASTRAR

Na ACP, o Ministério Público cita que já há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2010, com a Prefeitura de Palmas, em que o ente municipal se compromete a instituir programas de doações de cães e gatos, promover o controle de natalidade dos bichos (com a implantação de procedimentos cirúrgicos de esterilização) e a manter canis e gatis. Contudo, a Promotoria aponta que não foi implementada adequadamente uma política de controle animal na Capital, o que deu origem a um procedimento aberto em 2018. Segundo o MP, há elementos para afirmar que a prefeitura não atua para realizar as castrações necessárias nem age para controlar a população de animais de rua.

FILA COM 12 MIL

Na ação, o MPTO menciona ainda que segundo o último levantamento feito em 2022, estavam cadastrados para castração mais de 12 mil animais, em Palmas, mas o serviço público oferecia em torno de 80 procedimentos por mês.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Um outro procedimento segue em andamento na mesma Promotoria para tratar da questão de maneira mais ampla. A apuração envolve toda a política de bem-estar animal do município. Após a coleta de informações preliminares, será promovida uma audiência pública para ouvir a comunidade, a sociedade civil organizada e os agentes públicos. (Com informações da Ascom do MPE)

Comentários do Facebook
Artigo anteriorInscritos no concurso da Guarda Metropolitana de Palmas podem conferir resultado de pedidos de condições especiais
Próximo artigoTupiratins recebe R$200 mil em emenda para construção de arquibancadas no estádio do município