"Eu já ganhei 46, só faltam uns 100", diz Gaguim
Gaguim refuta as acusações e nega ter recebido valores do delator por meio de assessores

Em atendimento a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), foram cumpridos nesta quarta-feira 13, em Brasília, mandados de busca e apreensão contra dois deputados federais do estado do Tocantins, Carlos Gaguim e Dulce Miranda. Os parlamentares são investigados em inquéritos que apuram desvios de recursos públicos destinados a obras de infraestrutura

Além dos parlamentares, outras 14 pessoas também investigadas na nas operações Ápia e Reis do Gado também foram alvo das medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Seis prestam depoimento desde cedo desta quarta-feira, na PF em Palmas, Benedito Faria, Ex-presidente da Federação da Agricultura no Estado Tocantins, Reinaldo Pagani, Aline Rassi, Ex-deputado estadual Igue do Vale, Ângelo Crema Marzola e Lindomar Borges de Oliveira.

Os pedidos tiveram origem em um acordo de colaboração premiada homologado pelo STF. O objetivo das buscas e das intimações para depoimentos é reunir documentos e outros materiais que possam se juntar às provas já colhidas nessas investigações iniciadas em 2016. Como se trata de medidas cautelares para embasar investigações, ainda em curso, o Ministério Público Federal (MPF) não divulgará os nomes dos alvos dos mandatos e nem o do colaborador.

Em nota, o deputado Carlos Gaguim afirmou que, durante seu mandato como governador (2009-2010), a empresa citada nas investigações não venceu nenhuma licitação e não firmou contratos com o governo do estado. As obras foram licitadas antes de seu mandato e estavam em andamento desde o governo anterior, diz a nota.

O deputado alega ainda que as doações feitas pela empresa nas eleições de 2010 foram direcionadas ao PMDB e que não tinha acesso às contas do partido. Gaguim refuta as acusações e nega ter recebido valores do delator por meio de assessores. O deputado destaca ainda que se dirigiu hoje de manhã voluntariamente, à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos.

Já a deputada Dulce Miranda, por meio de sua assessoria, informou que está colaborando com as investigações e ainda precisa se inteirar do processo para se manifestar.

 

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