A Polícia Federal, em conjunto com a Procuradoria Geral da República, deflagrou na manhã desta quarta-feira, 13, a 6ª fase da Operação Ápia, com objetivo de cumprir 16 Mandados de Busca e Apreensão e 8 de Intimação em face de investigados mencionados em Acordo de Colaboração Premiada homologado no Supremo Tribunal Federal.

Entre os alvos estão dois deputados federais do Tocantins, Carlos Gaguim e Dulce Miranda.
A Operação Ápia foi deflagrada em outubro de 2016 pela Superintendência Regional da Polícia Federal em Tocantins – SR/PF/TO para desarticular uma organização criminosa que atuou no Estado de Tocantins corrompendo servidores públicos, agentes políticos, fraudando licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em várias rodovias estaduais em valores que superaram a cifra de R$ 850 milhões.

As obras foram custeadas por recursos públicos adquiridos pelo Estado de Tocantins, por meio de empréstimos bancários internacionais e com recursos do BNDES, tendo o Banco do Brasil como agente intermediário dos financiamentos no valor total de R$ 1.203.367.668,70 (um bilhão, duzentos e três milhões, trezentos e sessenta e sete mil, seiscentos e sessenta e oito mil, setenta centavos).

Os recursos adquiridos tiveram a União Federal como garantidora (fiadora) da dívida contraída com Banco do Brasil e foram batizados pelo Governo Estadual como Programa PROINVESTE e PROESTADO.

A investigação apontou para um esquema de direcionamento das contratações públicas mediante pagamento de propina de empresários que se beneficiavam com recebimentos por serviços não executados. O núcleo político da Associação Criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores.

Nesta 6ª fase, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de vários pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins – CRT, de propriedade do colaborador ROSSINE AYRES GUIMARÃES, a integrantes do Núcleo Político investigado.

Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Palmas/TO, Araguaína/TO e em Brasília/DF.

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