Avião apreendido
Avião apreendido
Avião apreendido

Um avião bimotor foi apreendido pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (6) em Araguaína, norte do Tocantins, durante a terceira fase da operação Sermão aos Peixes. De acordo com a PF, a aeronave pertence a uma empresa que tem sede em Aparecida de Goiânia (GO) e teria sido vendido por US$ 700 mil dólares três dias depois da operação Abscôndito, realizada em 2015.

A suspeita da polícia é de que a venda foi uma forma de ocultar provas da operação, que investiga um desvio de R$ 1,2 bilhão do serviço de saúde pública do Maranhão, entre 2010 a 2013. Nesta quinta-feira (6), dois mandados de condução coercitiva foram cumpridos em Palmas e um de busca e apreensão em Araguaína.

As investigações tiveram início em 2010, após o secretário de saúde do maranhão, Ricardo Murad terceirizar a gestão da rede de saúde pública estadual. Segundo a investigação, a mudança seria uma forma de driblar a lei de licitação para desviar verba pública federal.

O piloto Gilmar Miranda Gomes, contratado pela empresa para conduzir a aeronave, ficou responsável como fiel depositário até que ela seja levada para Goiânia onde fica a sede da empresa ele não foi citado nas investigações e não quis gravar entrevista.

Ao todo, foram cumpridos 32 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, 12 de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão em cinco cidades.

Entenda

Na operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de 2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de verbas da saúde pública no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão, Pernambuco, Tocantins e Goiás.

À época, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. O nome da operação foi alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1.654, falou sobre como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.

Entre os mandados de condução coercitiva, esteve o do ex-secretário de Saúde do Maranhão, Ricardo Murad. Segundo a PF, o ex-secretário teria se utilizado do modelo de terceirização da gestão da saúde pública estadual.

Ao passar a atividade para entes privados – seja em forma de Organização Social (OS) ou Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) – ele teria fugido dos controles da Lei de Licitação, empregando profissionais sem concurso público e contratando empresas sem licitação.

Em nota, o ex-secretário Ricardo Murad negou as informações sobre desvios bilionários durante sua gestão no órgão. (G1)

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