Os micro-ônibus, vans, e ônibus não poderão mais buscar passageiros e deixá-los em suas residências a partir do dia 15 de agosto. Uma resolução da prefeitura de Palmas publicada no dia 17 de julho, delimita a rota do transporte alternativo utilizado pelos tocantinenses que viajam para a capital e interior do estado. Os veículos não poderão circular fora do percurso estabelecido no decreto 1.076/2015.

A medida imposta pela prefeitura não agradou a cooperativa de transporte alternativo do Tocantins, a cooperativa afirma que quem sai perdendo com isso é a população.

Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa (AL) nesta quarta-feira, 05, o deputado estadual Elenil da Penha mostrou preocupação com o Decreto nº 1.076, da Prefeitura de Palmas, que limita a circulação de vans, micro-ônibus e ônibus que operam o transporte intermunicipal. A partir do dia 15 de agosto, os veículos que vem do interior para a capital não poderão oferecer um de seus principais serviços: deixar o passageiro no destino. De acordo com o parlamentar, a medida prejudica principalmente as pessoas mais humildes. “Boa parte das pessoas que usam o transporte alternativo é simples e, muitas vezes, vem à capital com o dinheiro contado. Portanto, para o passageiro, além da comodidade, esse serviço também tem uma importância econômica”, afirmou.

Elenil afirmou que reconhece o esforço da prefeitura para organizar o tráfego de veículos na capital, mas deixou claro que não concorda com o decreto e, por isso, defende a sua revisão. “A regulamentação dos itinerários é necessária, mas do jeito que está, o decreto traz prejuízos para a população. Imaginemos alguém que mora em Araguaína, mas faz tratamento de saúde em Palmas. Ela precisa vir, todos os meses, à capital, e opta pelo transporte alternativo porque é mais barato. A van sempre a deixa e a busca no hospital. Com o decreto, ela terá que pagar um táxi para ir ao destino e também para voltar até o ponto de parada. Todos nós sabemos que o custo de uma corrida é alto, às vezes é até mais caro que a própria viagem a Palmas. Não é justo com o passageiro”, exemplificou o deputado.

O parlamentar disse que acredita que o prefeito Carlos Amastha (PSB) irá rever o decreto. “O prefeito Carlos Amastha tem feito uma excelente gestão. Sei que terá sensibilidade para reconhecer os problemas que serão causados por este decreto e irá trabalhar para readequá-lo. Palmas é uma referência e como tal, deve continuar abraçando e acolhendo a todos os tocantinenses, especialmente aqueles que a procuram em um momento de necessidade “, finalizou Elenil.

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