O Hospital Municipal de Araguatins é considerado de urgência e emergência, mas nenhuma cirurgia é realizada no local, nem procedimento de parto normal. A população de mais de 30 mil habitantes, quando precisa desses atendimentos é encaminhada para o hospital de Augustinopolis e também para outros estados. “Aqui ou a gente vai para Augustinópolis ou a gente vai para Araguaína, quando eles dão a autorização, quando o paciente já está em estado final”, diz a professora Maria Alaíde Silva.
A população reclama ainda da estrutura precária, da falta de medicamento e de médico. “Aqui a gente não está tendo médico. Nós precisamos de médico, de medicamento para a cidade, porque aqui é ruim”, observa o calheiro João Vieira.
Com dor na cabeça, a lavradora Maria dos Santos conseguiu ser atendida pelo médico, recebeu a receita e foi orientada a comprar o remédio. “Tem cinco vezes que eu venho aqui e não tem remédio. Difícil demais porque a gente vem precisando e não tem.”
A sala de raio-x do hospital virou depósito e a máquina para fazer o exame foi levada para manutenção e não voltou. Uma nova foi adquirida há três meses, mas não foi instalada. “Eu fui procurar atendimento na rede pública e não consegui, tive que pagar”, conta o pedreiro Nairo Pereira, que pagou para fazer os exames.
O diretor do hospital, Dejaci Pereira, nega a falta de médico e sobre os medicamentos diz que deve ser normalizado nesta semana. “Segundo o nosso fornecedor, que é de Araguaína, que ganhou a licitação, na próxima semana está sendo resolvido esse problema.”
(G1)