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O que era para ser uma solenidade comemorativa para o Estado acabou se tornando um evento constrangedor para o governador Simão Jatene. Durante a cerimônia de assinatura da portaria ministerial de reconhecimento nacional do Pará como zona livre da febre aftosa, na manhã de ontem em Paragominas, um grupo de funcionários da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) com nariz de palhaço, faixas e cartazes, cobraram do governador e na presença do Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a aprovação do Plano de Cargo, Carreiras e Remunerações (PCCR). Os trabalhadores querem a aprovação imediata do plano com a tabela de vencimentos para todas as carreiras da agência.

O evento iniciou por volta das 10h30 no auditório do Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas. Aos poucos, cerca de 30 manifestantes se levantaram, ergueram cartazes e faixas e começaram a gritar palavras de ordem cobrando o PCCR de Simão Jatene. O constrangimento foi imediato. Alguns militares presentes chegaram a partir para cima dos servidores, mas não houve desforço físico e todos permaneceram no auditório.

Os manifestantes permaneceram no local durante todo o evento e alternavam vaias e palavras de ordem nas falas do governador e das autoridades do Estado que falaram na solenidade. Na faixas, os servidores afirmavam que cumpriram a sua parte no combate à febre aftosa mas o governador não. “Ministro, se o Pará está livre da Aftosa deve-se aos servidores da Adepará. Exigimos PCCR justo já!” ou “Queremos um salário digno da zona livre!”, escreveram os manifestantes. Jatene não respondeu aos apelos e nem tratou sobre o PCCR, afirmando em seguida que só trataria do assunto ao final da cerimônia.

A solenidade encerrou por volta das 12h30 e os manifestantes não deixaram o governador sair do local. Simão Jatene se viu obrigado a reunir para ouvir as reivindicações dos manifestantes. A comitiva ministerial e as demais autoridades seguiram para almoço, onde o governador não apareceu.

Além das vaias, o governador teve que enfrentar outro constrangimento: em sua fala no evento, Mário Lúcio Costa, presidente do Sindicato Rural de Paragominas, disse que a questão ambiental não era o principal entrave à pecuária e ao agronegócio no Pará, mas sim a péssima condição das estradas do Estado e a falta de titulação de terras, o que obriga os produtores a trabalharem às margens das rodovias.

Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa) também apoiou publicamente a reivindicação dos servidores da Adepará. Na reunião, o governador pediu um prazo para avaliar a reivindicação dos servidores.

 

(Dol)

 

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