Sinônimo de sol, água e diversão, a temporada de praias no Tocantins é também um período em que muitas pessoas aproveitam para trabalhar e melhorar a renda familiar. Com o aumento do fluxo de turistas, muitos vindos de estados vizinhos, o impacto positivo nos setores de serviços e comércio gera um efeito em cadeia, aumentando a oferta de empregos.

Como exemplo disso, no município de Tocantinópolis, norte do Estado, a Praia da Santa atrai nos finais de semana uma média de quatro mil veranistas, sendo que destes, cerca 60% são turistas vindos de outros estados, como conta o prefeito do município, Fabion Gomes, que faz questão de mostrar a estrutura. “Estamos dando chance a várias pessoas de melhorarem a sua renda. Temos 14 barracas e 12 barraquinhas de palha vendendo bebidas e comidas. Só isso, já dá a chance da pessoa trabalhar e comprar produtos na localidade que vão gerar impostos e beneficiar a economia do Estado”, explica.

A estrutura conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), em parceria com o governo federal, por meio do Ministério do Turismo, com a Assembleia Legislativa, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a Agência de Fomento, do Procon, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a Polícia Militar Ambiental e  o Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins.

Impacto positivo

O barraqueiro Antônio Francilmo, que fora da temporada de praia trabalha no Tocantinópolis Esporte Clube, conta que emprega em média quatro pessoas e chega a movimentar nos finais de semana até R$ 4 mil. “Quando termina a temporada, a gente faz uma economia que dá para se manter – eu e minha família – por uns dois a três meses”, conta animado. Ele diz ainda que na temporada passada, a primeira da qual que participou, o dinheiro que ganhou o ajudou a comprar um carro.

Outra barraqueira, Odete Sousa, de 44 anos, possui um barzinho na cidade. Há quatro anos trabalhando na temporada de praia, ela emprega até cinco pessoas nos finais de semana e também movimenta em média R$ 4 mil nesses dias. “É o tempo que eu ganho um dinheirinho a mais para começar outra coisa”, diz entusiasmada. Seus planos são de transformar o bar em uma lanchonete. Ela lembra, porém, que apesar dos ganhos, o trabalho é duro.

Mas não são apenas os barraqueiros que se beneficiam da chegada dos turistas, os serviços de transporte, hotéis, restaurantes, bares, lojas e outros estabelecimentos sentem o impacto positivo na economia local. Até mesmo vendedores ambulantes conseguem aumentar as vendas, como é o caso de Amauri Coelho, que em toda temporada viaja de Palmas para Tocantinópolis, uma distância de 517 km, para vender chapéus e óculos na praia local. “Aqui, as vendas são melhores. Eu vendo o dobro do que costumo vender fora da temporada”, destaca.

Estrutura

A Praia da Santa, em Tocantinópolis, é uma ilha que surge durante o período de estiagem no Rio Tocantins. A praia possui toda infraestrutura necessária para receber bem os turistas como barracas comerciais, cobertura de palha, banheiros químicos, posto de saúde, policiamento, internet, palco para shows, área para futevôlei, área de campping e serviço de guarda-vidas.

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