O ex-jogador do Botafogo do Rio Janeiro, Jobson que está na casa de sua família, em Conceição do Araguaia, sul do Pará, onde ele aguarda decisão de suspensão da FIFA. Quebrou o silêncio sobre a sua prisão ocorrida no último dia 2, de julho. Emocionada, a família falou do que considera ‘momentos de violência’ vivido no último dia 2.

Jobson foi preso por uma guarnição da Polícia Militar na noite de uma quinta quinta-feira do dia 2 de julho e liberado no sábado 4, após pagar fiança. A acusação é de que ele estaria dirigindo embriagado e teria desacatado a polícia, mas segundo o promotor de Justiça Alfredo Martins Amorim, baseado em denúncia da família de Jobson e em depoimentos de testemunhas e gravações de vídeos com celular, o jogador pode ter sido vítima de abuso de autoridade e violência policial.

Versões da PM

major daniel
major daniel

O comandante do batalhão da Polícia Militar, major Daniel Dias, disse que foi informado pelos policiais que atuaram na ação que o jogador estava com o carro estacionando na contramão, usando som alto e que o mesmo foi alertado duas vezes pelos policiais e que na segunda, Jobson teria recebido voz de prisão e ele teria fugido dirigindo o seu carro.

O major disse que Jobson foi perseguido até a porta de sua casa onde aconteceu a prisão e que os policiais não entraram na casa do jogador. O comandante disse ainda que devido Jobson ter resistido, houve a necessidade de imobilizá-lo e que um policial teve a mão ferida. O comandante do batalhão disse que toda versão é com base no que foi narrado pelos policiais envolvidos na prisão.

Versão Família

Já a mãe de Jobson, Maria de Lurdes, disse que seu filho foi vítima de muita violência por parte dos policiais. “Eu nunca tinha visto tanta crueldade, eles entraram na minha casa de forma truculenta e bateram muito no meu filho ate desmaiá-lo”, conta a mãe, emocionada. O avô de Jobson, seu Raimundo Nonato, de 76 anos, ao ver o neto ser imobilizado e desacordado com o golpe ‘mata leão’, tentou impedir a agressão e também foi agredido pelos policias, vindo a passar mal. Testemunhas contam que Jobson recebeu choque, chutes e que estava saindo sangue pelo nariz, e com o olho inchado. “Eu desmaiei acordei no hospital”, disse Jobson. Uma viatura do SAMU foi chamada para atender a ocorrência.

Ministério Público

promotor de justiça alfredo martins
promotor de justiça alfredo martins

O promotor de justiça Alfredo Martins, disse que de acordo com depoimentos de testemunhas, os policiais podem ter se excedido na ação, podendo ter havido tortura, que é submeter alguém a tenso sofrimento físico com intenção de punir e com o prazer de fazer sofrer.

O promotor disse ainda que os depoimentos de testemunhas indicam que os policiais teriam usado palavras ofensivas com conotação de racismo contra o jogador. “Ainda estamos apurando, mas independente do erro que o jogador tenha cometido, não é admitido excessos, e se houve serão apurados e denunciados”, disse o promotor.

O Ministério Público está ouvindo os policiais envolvidos no episódio. O promotor disse que os PMs negaram que tenha se excedido e apontaram nomes de outros policiais que teriam participado da ação. O promotor informou que vai ouvir mais pessoas e solicitar ao comando da Polícia militar que instaure um Inquérito Policial Militar (IPM) para ajudar na apuração dos fatos. “O Ministério Público quer concluir o mais breve possível, e ao final oferecer ou não denúncia à justiça”, disse o promotor.

De acordo com informações, supostamente, existe um sinal vermelho entre Jobson e alguns policiais de Conceição do Araguaia que passaram a ver o jogador como alvo. “Em Redenção, sou recebido com muito carinho pela população, já aqui é essa perseguição; havia outros carros com som mais alto que o meu, mas eles fazem questão de me provocar”. Disse Jobson. (Com informações de A Notícia)

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