Com o objetivo de mobilizar a comunidade escolar para participar das festividades culturais da 45º edição do Festejo da Abolição da Comunidade Quilombola, a Escola Estadual de Muricilândia, jurisdicionada à Diretoria Regional de Educação de Araguaína, promoveu uma roda de conversas sobre Educação e Cultura Quilombola entre os jovens membros do Coletivo de Jovens Quilombolas e Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Quilombolas (Neaq) e os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental da unidade estudantil.
A ação dessa terça-feira, 9, também foi realizada com a finalidade de incentivar a participação dos estudantes no seminário acadêmico Comunidade Quilombola, a ser realizado no município, nos dias 10 e 12 de maio, que faz parte da programação do Festejo, que conta, ainda, com uma encenação teatral de alusão à abolição da escravatura.
O evento na escola foi organizado pela professora das disciplinas de inglês, português e redação, Kamila Ferreira. Na roda de conversa, a professora destacou o contexto histórico do Festejo da Abolição. “É preciso ampliar os conhecimentos dos nossos alunos acerca da cultura local. Na roda de conversa foi possível compreender o contexto histórico e sua relevância para nossa comunidade”, destacou.
Já a quilombola e acadêmica Amária de Sousa, licencianda em História e presidente do Centro Acadêmico de História Zumbi dos Palmares, discutiu sobre a importância da participação escolar no evento cultural e a construção e intercâmbio de saberes. A acadêmica e quilombola Mayra Borges propôs debate aos estudantes sobre a valorização da identidade negra e quilombola.
Para a professora e pesquisadora Katiane Santos a roda de conversas é bastante relevante, já que no município de Muricilândia há comunidade quilombola urbana e entre os servidores e alunos há também membros do grupo étnico. “A atividade proporciona à comunidade escolar um conhecimento do território de seu entorno e a sua apropriação. A prática pedagógica também gera emancipação cultural para os estudantes”, relatou a professora.
Programação do Festejo da Abolição
10 de maio – Seminário na Universidade Federal do Tocantins (UFT), câmpus Cimba (Araguaína)
11 a 12 de maio – Seminário Comunidade Quilombola (Muricilândia)
13 de maio – 4 horas da manhã, alvorada e 16 horas Teatro de encenação da abolição da escravatura seguido do cortejo pela cidade, de anunciação da libertação.