O senador Donizeti Nogueira (PT-TO) participou, nesta segunda-feira, 02, do ciclo de debates sobre “Democracia e Direitos Humanos – com foco nos Direitos das Mulheres” da Comissão de Direitos Humanos, e defendeu uma nova narrativa capaz de encantar a sociedade como forma de conter a conspiração golpista e retomar o estado democrático de direito.

Ele alertou que o Brasil vive, hoje, um momento crítico de enfraquecimento da democracia e argumentou que o recente episódio de votação da Câmara dos Deputados, assustou a população, que não comemorou o resultado da votação. “Foi um espetáculo deprimente, de baixo nível, que mostrou porque a classe política está em descrédito perante a população”, argumentou o parlamentar, acrescentando que o descontentamento é geral e o baixo índice de popularidade do Parlamento é até maior que o da presidenta Dilma.

Para o senador, o que ocorre hoje é um golpe que é fruto de uma conspiração orquestrada por um traidor e manipulada pela mídia. O parlamentar argumentou que a construção do governo de coalizão trouxe alguns percalços, mas que o Brasil avançou, tanto nos governos Lula, quanto no atual. Para Donizeti, o que faltou foi uma comunicação capaz de fazer a sociedade compreender essas mudanças, citando exemplos como a educação e a moradia com programas de inclusão social das classes mais baixas, que não foram absorvidas pela mesmo em reconhecimento.

 “A falta de uma boa comunicação, faz com que o jovem que estuda hoje em Londres, pelo Ciência sem Fronteira, considere que isso é mérito pessoal dele, esquecendo que há uma política pública que lhe proporcionou essa oportunidade”, afirmou, concluindo que essa falta de comunicação faz com que o usuário do Programa Minha Casa, Minha Vida, que tem subsídio de 90%, patrimonizando a família,  não se sinta igualmente contemplado por uma política de governo, mas sim, sugere que ele esteja pagando integralmente a casa.

Apesar disso, o senador petista está otimista em relação a votação do processo de impeachment na Casa. Para ele, eles podem aprovar a admissibilidade, mas na votação final a vitória será da democracia. “A sociedade que ocupou as ruas, precisa continuar ocupando para garantir o Estado Democrático e, dessa maneira, influenciar a votação derradeira”, concluiu o senador afirmando que a “Ponte para o futuro” não passa de uma ponte do retrocesso, uma volta ao passado, que FHC e o PSDB já estão cobrando.

 

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