Amastha
Amastha

Às vésperas da cassação do governador Marcelo Miranda por crime de caixa dois na campanha de 2014 completar um mês o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, criticou veementemente o que classificou de falta de comprometimento com o Estado da gestão atual e também do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse, que ocupou o governo interinamente e deve retornar ao cargo até a eleição suplementar de 3 de junho. “Em alguns dias completa um mês da cassação do governo atual. É totalmente deplorável que, tanto os cassados e os que estão havidos pelo poder nunca falaram em transição, não chegaram a pensar nisso, nem esboçar o mínimo de intenção”, comentou Amastha na manhã desta segunda-feira, dia 16. “Amanhã o TSE deve julgar os embargos e colocar para fora de vez do Palácio os cassados. E o que entrará vai querer mudar tudo. Enquanto isso nós observamos um Estado parado, que precisa seguir, mas não consegue por causa da falta de comprometimento deles com os tocantinenses. Não pensam no Estado, na economia e no povo. Pensam no poder pelo poder”, complementou.

Amastha citou o programa “Opera Tocantins” como um exemplo clássico da falta de compromisso de ambos com o Estado, especificamente numa área das mais críticas do Tocantins atualmente, que é a saúde. “O programa foi lançado pelo presidente da Assembleia  com sete dias úteis de governo, o que já é um absurdo, é chamar os tocantinenses de bobos. Aí o cassado voltou e disse que o programa era dele. Mas, no meio disso tudo, haviam os anestesistas que não receberam para fazer o mutirão de cirurgias”, comentou. “Este é só um exemplo. Infelizmente há muito outros. Enquanto eles ficam brigando pelo chamado Opera Tocantins, o tocantinense está vendo, de verdade, o programa “Desespera Tocantins”, todos estão desesperados na expectativa que assuma quem tem projetos, planejamento e saiba desenvolver uma gestão eficaz e responsável para tirar o Tocantins dessa situação”, complementou.

Para ratificar suas críticas, Amastha citou recente estudo feito pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Palmas que apontou queda de 4,6% nas vendas de crédito no mês de março. A própria entidade aponta que o resultado pode estar relacionado à instabilidade política do Estado. “Essa bagunça generalizada reflete diretamente na nossa economia e não tem como ser diferente. Primeiro, um desgoverno sai. E depois o outro, sem o mínimo de planejamento, assume, demite, nomeia, quebra o cliclo de pseudoplanejamento que havia do outro. O resultado é negativo mesmo e a corda arrebenta sempre no lado mais fraco, que é o povo, é o comércio”, disse.

Amastha reforçou que, “em nome da estabilidade do Estado”, o presidente da Assembleia deveria abdicar de assumir o cargo caso Marcelo Miranda deixe novamente o governo após o julgamento dos chamados embargos sejam rejeitados em sessão prevista para essa terça-feira, dia 17, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com isso,  assumiria até o resultado da eleição suplementar o presidente do Tribunal de Justiça, Eurípedes Lamounier. “É o mínimo que deveria fazer diante de tudo o que está ocorrendo no Estado. Em um mês dessa bagunça toda imagine o quanto o Estado, que está parado, estagnado, perdeu já que o giro da economia também parou porque ninguém vai investir num cenário como esse”, finalizou.

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