Pré- candidato a governador Paulo Mourão
Deputado Paulo Mourão

As micro e pequenas empresas voltaram a bater novo recorde de inadimplência no mês de fevereiro, conforme estudo da Serasa Experian, com cerca de 5,025 milhões de micro e pequenas empresas negativadas.  O assunto foi abordado pelo deputado Paulo Mourão (PT) na sessão de quarta-feira, dia 12, da Assembleia Legislativa (AL) que também falou da crise política e econômica que o país atravessa. O setor já havia fechado 2017 no vermelho, com cinco milhões de inadimplentes.

“Os estados se encolheram, a economia está em frangalhos e o desemprego assombrando o povo, são mais de 13 milhões de brasileiros desempregados, a inadimplência das micro e pequenas empresas chegou ao teto, saiu o índice de inadimplência são 5 milhões de 25 mil micro e pequenas empresas inadimplentes, é histórico esse índice no Brasil , é muito grave”, sustentou.

O montante de negativadas representa 21,9% do total de companhias deste porte. Ainda de acordo com o estudo, do total de 5,025 milhões de MPEs no vermelho, em fevereiro/2018, 45,9% eram prestadoras de serviços, 44,9% empresas comerciais e 8,7% indústrias.

Paulo Mourão fez questão de ressaltar que na época do governos Lula e Dilma a inadimplência nunca atingiu índices tão elevados e justificou: “porque havia oferta de empregos, a renda era melhor distribuída, o Brasil viveu momentos brilhantes”, lembrou. “O Brasil hoje vive um processo de quebra de renda, os estados não estão conseguindo pagar os salários dos servidores, data-base, progressões”, pontuou.

O parlamentar lamentou que enquanto a economia se enfraquece a única pauta no meio político e nos meios de comunicação é a discussão política, especialmente envolvendo a prisão e a não participação do ex-presidente Lula nas eleições. “É um medo brutal que o presidente Lula volte a governar o país, por que esse medo da elite, do sistema bancário, financeiro e dos conglomerados de empresas?”, indagou. “Não estão vendo que o povo brasileiro está abandonado”, frisou Paulo Mourão.

Pré-sal e Eletrobrás

O parlamentar ainda acusou o governo federal de vender as riquezas do Brasil, citando o pré-sal e a Eletrobrás. “O petróleo brasileiro já não é mais do brasileiro, é dos ingleses, dos canadenses e o governo Temer ainda deu R$ 1 trilhão de benefícios tributários para as empresas virem aqui tirar o petróleo que é a nossa riqueza”, disse Paulo Mourão. “O presidente Lula tinha resguardado o pré-sal para investir essencialmente na educação do nosso povo, não há desenvolvimento sem educação, os países de primeiro mundo se desenvolveram porque investiram no processo educacional, na ciência, tecnologia, inovação, é assim que o mundo está se desenvolvendo e o Brasil retroagindo”, ressalta.

Mais grave ainda, frisa o parlamentar, é a entrega da Eletrobrás. “Estão vendendo a Eletrobrás para um representante do banco financeiro americano, é um brasileiro de grande notoriedade no mundo, Paulo Lemann, dono da Ambev”, discursou.  Segundo ele, a venda está sendo feita por um preço irrisório, R$ 32 bilhões, enquanto “ao preço de mercado ela deveria valer em torno de R$ 400 bilhões”.

O sistema Eletrobrás é composto por oito empresas de geração e transmissão e seis distribuidoras. “O mais preocupante é que a Eletrobrás tem em torno de 250 hidroelétricas, como esta do lago que é da Eletronorte, a qual faz parte da Eletrobrás e se houver problema de abastecimento de água, o Brasil não vai discutir com a política interna, mas com a empresa que comprou a Eletrobrás, que vai priorizar é a produção de energia e não abastecimento de água”, considerou. “Esta é a maior gravidade quando se entrega das riquezas, então é um governo sem compromisso com o futuro do país e a sociedade brasileira sem fazer movimento para bloquear a venda das nossas riquezas ”, opinou.

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