Cada político tinha um apelido. Foto: Reprodução TV Anhanguera
Cada político tinha um apelido. Foto: Reprodução TV Anhanguera

Conforme os dados repassados nos depoimentos dos delatores da Odebrecht, R$ 9,3 milhões foram repassados a políticos do Tocantins para serem usados como caixa dois nas campanhas eleitorais de 2012 e 2014. Dentre os nomes citados, estão o do governador Marcelo Miranda (PMDB), do ex-governador Sandoval Cardoso (SD) e da senadora Kátia Abreu (PMDB) e de outros políticos do estado. Até agora, a senadora é a única que está sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os demais foram citados. Para que sejam investigados, a Justiça precisa autorizar a abertura de inquéritos.

Os maiores valores foram repassados para:

– ‘Novo Canário’: Ex-governador Sandoval Cardoso (SD) – R$ 4 milhões

– ‘Canário’: Deputado Estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) – R$ 650 mil em 2012 e R$ 2 milhões em 2014

– ‘Acadêmico’: Ex-deputado federal Júnior Coimbra – R$ 1,2 milhão

– ‘Lenhador’: Governador Marcelo Miranda (PMDB) – R$ 1 milhão

– ‘Machado’: Senadora Kátia Abreu (PMDB) – R$ 500 mil

Segundo os delatores, a maior fatia foi para o ex-governador Sandoval Cardoso (SD), apelidado pela Odebrecht de “Novo Canário”. Durante o depoimento, o ex-presidente da Saneatins, Mário Amaro da Silveira disse que Sandoval tinha pedido R$ 10 milhões, mas a empreiteira resolveu repassar R$ 4 milhões na campanha eleitoral de 2014.

O mesmo delator informou que o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), chamado de “Canário”, recebeu a segunda maior quantia. Teriam sido repassados R$ 650 mil em 2012 e R$ 2 milhões em 2014.

O dinheiro dado em 2012, teria sido usado para beneficiar outros políticos, como os prefeitos de Gurupi, Laurez Moreira (PSB), e de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR). Além de Marcelo Lelis (PV), que foi candidato à Prefeitura de Palmas, Zélia Ribeiro e Eronildes Teixeira, ambos candidatos à prefeitura de Taguatinga.

O ex-deputado federal Júnior Coimbra, chamado de “Acadêmico”, teria recebido R$ 1,2 milhão em 2014. O delator afirma que a empreiteira teria repassado a quantia em caixa dois para integrantes do diretório regional do PMDB no Tocantins. Na época, ele era o líder do partido. Dois vereadores de Palmas, Émerson Coimbra (PMDB) e Rogério de Freitas, teriam se beneficiado do dinheiro. (G1)

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