A uma semana da renúncia do cargo de prefeito de Palmas para a disputa do Palácio Araguaia, o pré-candidato a governador do Tocantins pelo PSB, Carlos Amastha, fez duras críticas ao que considera “bagunça” que se instalou e paralisou o Estado há 10 anos. “Tocantins parou há mais de uma década quando a velha política rompeu os laços e depois cada grupo quis derrubar o outro. E o Tocantins? Em nenhum momento, não só esses, mas nenhum dos que governou o Estado de lá para cá pensou no Estado. E cabe a nós, que temos responsabilidade, arrumar essa bagunça, com planejamento, gestão eficaz e com sentimento de respeito ao público, ao povo”, afirmou o prefeito.

Amastha se referiu, ao citar o período de mais de 10 anos, ao rompimento entre Siqueira Campos e Marcelo Miranda, antes das eleições de 2006. Com o começo do fim da chamada UT (União do Tocantins) e, consequentemente, as disputas levaram o Tocantins a um processo praticamente de judicialização permanente das eleições. Desde então, ao contar com o pleito complementar deste ano, o Estado viverá três eleições não programadas.

“Isso gerou e agravou a instabilidade, a segurança jurídica, uma verdadeira bagunça criada por esta velha forma de fazer política”, disse.  “Temos, sim, que arrumar a bagunça. Não precisa apontar dedo para os culpados mais. Já passou. O povo conhece. Vamos apontar o dedo para os problemas de um Estado com mais de dez anos de bagunça. E a pior possível”, complementou.

Para Amastha, ao viver em função de julgamentos da Justiça, o Estado parou. “Em todo esse período inauguraram praticamente uma ou outra escola nova. Ontem, por exemplo, no apagar das luzes, com o mandato cassado, [o governo do Estado] fez isso. No ultimo dia, praticamente, um absurdo! Estamos há mais de dez anos sem fazer um hospital novo, uma grande rodovia nova. Esses que se dizem gestores passaram esses anos só contratando e demitindo servidores ao sabor das eleições”, criticou.

Gestão municipal como exemplo

Em meio às críticas, o prefeito de Palmas ressaltou alguns dos feitos de sua gestão, iniciada em 2013. “Em Palmas, por exemplo, nos últimos cinco anos, em meio a maior crise que o país sofreu, fizemos 20 novas unidades de saúde, três grandes escolas de alto padrão de tempo integral, além da transformação feita as outras áreas, como educação, referência para o Brasil, iluminação pública, pavimentação e respeito ao servidor, com benefícios e direitos pagos em dia. Isso é resultado de gestão, de planejamento, de uma excelente equipe e comprometimento”, disse.

Para o prefeito de Palmas, o Tocantins necessita de gestão arrojada, eficiente e que atue de forma comprometida e com planejamento. “É preciso neste momento mais que responsabilidade. É preciso que busquemos a estabilidade que qualquer Estado precisa para crescer. Imagine o território mais novo da federação vivendo uma situação dessas de desgoverno. Repito: A palavra é estabilidade!”, finalizou.

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