O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que modelo da nova eleição para governador no Tocantins ainda será definido na próxima terça-feira, 27. Inicialmente a assessoria do TSE chegou a dizer que eleição seria direta, mas agora esta decisão foi adiada.
Marcelo Miranda (MDB) e Cláudia Lélis (PV) devem deixar os cargos após a publicação do acórdão sobre o julgamento realizado nesta quinta-feira, 22.
O prazo para que o novo pleito seja realizado é de 40 dias após o Tribunal decidir o modelo da eleição. Nesse período, o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Carlesse (PHS), fica no cargo interinamente.
O vencedor da votação vai ficar no cargo até o dia 1º de janeiro de 2019. Em outubro serão realizadas novas eleições gerais que vão decidir quem assume a partir daí.
Cassação
Essa é a segunda vez que o Marcelo Miranda é cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em 2009, ele foi cassado por abuso de poder político após promessa de vantagens a eleitores, preenchimento de cargos públicos de forma irregular, distribuição de bens custeados pelo serviço público, uso indevido de meios de comunicação e doações de 14 mil cheques-moradia.
Dessa vez o caso analisado pelo TSE diz respeito a irregularidades praticadas pela chapa nas eleições de 2014. Um avião foi apreendido em Goiás levando R$ 500 mil, além de santinhos de Marcelo Miranda e outros políticos. De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), o veículo utilizado para levar o dinheiro até a aeronave estava no nome do PMDB, que agora se chama MDB.
O TSE também informou que é a primeira vez que um governador é cassado duas vezes desde a redemocratização do Brasil.