O educador persa Mirzá Husayn-‘Ali (Bahá’u’lláh) explicou que a humanidade assemelha-se a uma ave com suas duas asas – uma representa o homem; a outra, a mulher. A ave, a menos que ambas as asas sejam fortes, ela não poderá voar, assim é a humanidade. Para seu pleno desenvolvimento é necessário que homens e mulheres estejam de mãos dadas.  E foi essa reflexão sobre a igualdade de direitos entre gêneros que marcou a discussão alusiva ao Dia da Mulher, na Secretaria da Educação, Juventude e Esportes (Seduc). O evento foi realizado na manhã desta terça-feira, 8.

O secretário Adão Francisco de Oliveira explicou que essa data não deve ser lembrada como um dia comemorativo. Para ele, o Dia da Mulher exige uma reflexão maior. “O dia da mulher não é um dia meramente comercial, em que o homem, marido ou namorado faça um ato de carinho para sua companheira. Em todos os dias, as mulheres precisam desses pequenos atos de gentileza. É preciso que haja uma reflexão sobre a dimensão de poder e que as mulheres tenham condições e sejam capazes de assumirem as lideranças”, ressaltou.

Germana Pires, convidada para o evento, lembrou a história das operárias de uma fábrica de tecidos, situada nos Estados Unidos, que estavam em greve, e foram incendiadas quando reivindicavam melhores condições de trabalho. “Esse é um dia marcado por lutas e, a mulher, além de buscar melhorias no trabalho, na vida pessoal, tem que estudar e ainda consegue desempenhar com maestria o papel de mãe”, frisou.

A subsecretária da Educação, Juventude e Esportes, Morgana Nunes Tavares Gomes, lembrou que apesar das lutas ocorridas no decorrer dos últimos anos, a mulher ainda tem muito a alcançar. “Cerca de 50% da população feminina ainda sofre discriminação e assédio moral. Devemos apoiar essas pessoas, e não julgá-las. Devemos proporcionar o empoderamento humanitário”, esclareceu.

Elas por elas

Edna Lúcia Goulart, da equipe do Cerimonial da Seduc, comentou que é uma ação satisfatória preparar uma homenagem para as mulheres, mas lamenta. “Acho que as mulheres e homens deveriam ser vistos com igualdade, não deveria haver diferença”, afirmou.

Márcia Ribeiro, que trabalha com projetos na Seduc, ressaltou que ficou emocionada durante o evento. “Temos 365 dias, mas ter um dia para pararmos e olhar para nossas colegas, nos fortalece, melhora nossa autoestima e nos valoriza”.

Fátima Oliveira, recepcionista da Seduc, disse que o momento foi lindo. “Olhamos para nossas colegas e elas estavam alegres e esse momento nos tira da rotina e nos faz esquecer dos nossos conflitos e problemas”.

A educadora Marluce Tavares e Silva Campos contou que ficou surpresa com a homenagem. “É importante porque valoriza as relações interpessoais”.

A servidora Rosaina Aparecida Souza, da Inspeção Escolar também comentou sobre o evento. “A mulher é forte, é guerreira, não tem nada de sexo frágil”.

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