A adesão a greve dos policiai civis no Tocantins segue 100% com todos os serviços paralisados e o Sinpol-TO (Sindicado dos Policiais Civis do Tocantins) desafia a SSP (Secretaria de Segurança Pública) a mostrar unidades da Polícia Civil no Estado funcionando. “Estamos numa luta dura por uma conquista histórica que nos foi arrancada por decreto. Não é com mentiras, pressões e sem negociação que a SSP vai parar com a nossa greve”, destacou o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.

Nas suas redes sociais, o Sinpol-TO está mostrando fotos de dezenas de unidades da Polícia Civil, em várias cidades do Estado, paralisadas com o movimento paredistas cada vez mais fortalecido.

Nesta quinta-feira, 26 de março, a SSP distribuiu nota aos meios de comunicação dizendo que 600 policiais de todo o Estado tinham voltado a trabalhar. A  nota não contava com qualquer foto, vídeo ou imagem, e nem sequer relacionou a unidade da Polícia Civil que está em funcionamento. “Tentar plantar notícias falsas na imprensa não é uma postura correta de qualquer gestor. O que a SSP está fazendo é acirrar os ânimos dos policiais”, explicou Moisemar Marinho, ao comentar que basta a imprensa fazer pequenas checagens nas delegacias, institutos de identificação e penitenciárias que vai constatar as unidades paradas.

Movimento

Iniciada no dia 25 de fevereiro, a greve da Polícia Civil reivindica uma proposta concreta do governo para o cumprimento da lei 2.851/2014, que teve seus efeitos suspensos por decreto do governador Marcelo Miranda.

A lei regulamenta conquista histórica dos policiais civis, com o alinhamento da carreira de cerca de 1,3 mil profissionais. O alinhamento foi promovido pelo próprio governador Marcelo Miranda em 2007, na sua penúltima gestão.

Porém, a regulamentação da conquista se arrastou por todos os governos seguintes e só veio a ocorrer em abril do ano passado, para ter efeitos financeiros parcelados em quatro vezes a partir de 2015.

O governo do Estado alega não ter dinheiro para a conquista dos policiais, mas a parcela de 2015 do alinhamento corresponde a apenas 1% da folha de pagamento do Estado e sequer chega mensalmente a um quarto do que o Estado tem para gastar com o pagamento de salários de cargos comissionados.

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