“Palmas não pode ser um balcão de negócios do grupo de Amastha”, diz deputado
“Palmas não pode ser um balcão de negócios do grupo de Amastha”, diz deputado
“Palmas não pode ser um balcão de negócios do grupo de Amastha”, diz deputado

O deputado Wanderlei Barbosa (SD) fez uso da tribuna na sessão da manhã desta quinta-feira para criticar venda de lotes realizados pela Prefeitura de Palmas por preço muito inferior ao avaliado no mercado e mostrar sua preocupação com a questão do escoamento da atual safra de grãos na Capital.

O deputado Wanderlei Barbosa, reuniu-se nesta quarta-feira, 17, com um grupo de produtores de soja do Tocantins para debater um decreto anunciado pelo prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), que dispõe sobre a regulamentação do trânsito de veículo no perímetro urbano da Capital, dentre elas, a proibição de circulação de caminhões no interior das quadras. “O prefeito dessa cidade não pode governar por decreto, ele tem que começar a ouvir a população dessa cidade”, disse.

O deputado tranquiliza os produtores e segundo ele, entre as soluções apontadas, existe um requerimento de sua autoria, em que solicita a construção do Anel Viário Norte, tirando o trânsito pesado de dentro da Capital. Mas de acordo com o deputado o requerimento ainda não teve retorno do governo nesse sentido. “Essa cidade tem sido gerida de um modo muito truculento,  o governo municipal apenas, depois de não receber esses empresários, ou recebe-los mal, diz que vai baixar um decreto proibindo o trânsito, que eles tem que ir por Miranorte e voltar aqui por Paraíso e chegar à Plataforma (da Ferrovia Norte Sul). Isso num itinerário que chega a mais de 250 km”, informou.

O outro tema abordado no pronunciamento do deputado,  foi a venda de lotes realizados pela Prefeitura de Palmas por preço muito inferior ao avaliado no mercado. A Prefeitura publicou no Diário Oficial do Município desta última segunda-feira, 15, o extrato do contrato de venda de dois lotes na área industrial ASRSE 15 (1012 Sul), totalizando 1.950 m², para a JP Arquitetura e Construções Ltda ao preço de R$ 9,00 o metro quadrado, onde o m² é avaliado em até R$ 500,00.

Segundo o parlamentar, a Prefeitura de Palmas virou um balcão de negócios para um grupo ligado ao prefeito Carlos Amastha. “Pode ter a certeza que esse grupo está comprando os terrenos bons de Palmas, viraram empreendedores, apenas eles!, o prefeito é empreendedor apenas em benefício próprio, “ afirmou.

Wanderlei Barbosa lembrou também e entrou na defesa dos impactados pela futura construção Bus Rapid Transit (BRT) em Palmas, onde as pessoas que tinham lotes avaliados em R$ 150 mil e casas avaliadas em R$ 200 mil no Aureny III, eles avaliaram em menos de R$ 60 mil, para comprarem barato e venderem caro, mas um grande empresário que chega, se valer R$ 500,00 eles vendem por R$ 9,00. O deputado questionou a insistência do município na construção do BRT.  “Eles insistem na questão do BRT, essa é a forma que eles estão tratando o patrimônio público desta capital, para as pessoas simples o valor é subestimado”, criticou.

Palmas virou um balcão, como falei! Eles fazem negócio com o estacionamento rotativo, eles cobram o maior IPTU desse Estado e um dos mais caros praticados nesse País e aí pegam os nossos terrenos e fazem isso”, disse indignado.

O deputado aguarda a atuação do Ministério Público Estadual (MPE) sobre a venda do patrimônio público em Palmas. “Palmas não pode ser um balcão de negócios do grupo de Amastha”, finaliza.

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