Os mesmo erros. Os mesmo equívocos.
Quantas vezes, dentro do processo de autocrítica, você já se perguntou isso?
Segundo o pai da Psicanálise, Sigmund Freud, através do ato falho o desejo do inconsciente é realizado. Por isto pode ser inferido que nenhum gesto, pensamento ou palavra acontece acidentalmente.
Os atos falhos são diferentes do erro comum.
Freud evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido.
Ato falho abrange também erros de leitura, audição ou dicção de palavras.
São circunstâncias acidentais que não tem valor e não possuem consequência prática.
Os atos falhos são compreendidos por muitas pessoas como falta de atenção, cansaço, eventualidade, porém podem ser interpretados como manifestações reprimidas.
Uma definição interessante foi a do “Pequeno Shakespeare” Roberto Bolãnos, nosso eterno Chaves:
“Foi sem querer, querendo”.
Os anos passam, a vida vai se completando e o que fazemos com o máximo de primazia é continuar errando.
Conscientemente falando, é sem querer. Mas inconscientemente, é querendo.
Isso explica muito a linguagem no sentido psicanalítico de conduta terapêutica.
Esbravejamos sobre a vida alheia.
Estabelecemos nossos padrões aos outros.
Somos hipócritas e confusos.
Mas abominamos admitir tudo isso.
Aí apontamos o indicador direito, riste à face do errante. Cheios até o talo de razão.
Mesmo estando a um milímetro da obtusidade nos sentimos no direito ou com autoridade para fazer isso.
Enfim, somos abomináveis!
Marcos Milhomens
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